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Politica Brasil
Quinta - 28 de Fevereiro de 2008 às 09:27
Por: Eulácio de Oliveira

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Antes mesmo de ser apresentado um projeto de lei municipal causou polêmica durante a sessão realizada na Câmara Municipal de Rondonópolis, no Sul de Mato Grosso. De autoria do vereador Adonias Fernandes (PMDB) o projeto prevê a proibição do uso de aparelhos celulares durante o momento de votação. Segundo Adonias o projeto nasceu de pedidos de alunos de escolas públicas que visitaram a Câmara e após apontar mudanças necessárias declararam o uso do celular como impróprio e desrespeitoso com as pessoas que assistem à sessão.

“Alunos de 14 escolas vieram aqui e constataram isso, só estou fazendo meu papel de legislador”, defendeu o parlamentar. Adonias afirmou que em mais de 3 anos de mandato nunca fez uso do aparelho em plenário e mesmo para as lideranças partidárias ou o líder do prefeito na Câmara o celular é dispensável, já que os projetos são avaliados e discutidos um dia antes de cada sessão.

O vereador Mohamed Zaher (PR) criticou a iniciativa de Fernandes e classificou como desrespeito a ausência constante em plenário do autor do projeto. “Eu praticamente não uso celular, o projeto não vai mudar nada para mim. Mas o que eu acho um desrespeito é o Adonias passar a maior parte do tempo lá fora batendo papo e distribuindo paparicos”, ironizou Mohamed.

O presidente da Câmara, o vereador Ananias Filho (PR) declarou que em resposta ao projeto do celular vai protocolar outro que rege a presença obrigatória em plenário de todos os vereadores em sessão. Já que segundo ele, o vereador está desrespeitando os demais parlamentar com sua ausência.

“Se for agir assim, nenhum vereador poderá sair de plenário para atender a ninguém, já que o celular também é uma forma de atendimento. Se o projeto do celular for protocolado eu vou votar a favor desde que tenha sanção para punir os infratores, já que sem pena não adianta nada”, frisou o presidente do Legislativo.

Ananias aconselhou o colega a indicar como primeira punição uma advertência, se houver reincidência afastamento de três meses e na terceira infração a cassação do mandato.

No fim da sessão Adonias ressaltou que não imaginava que o projeto pudesse gerar tanta polêmica e que a intenção dele é cada vez mais se aproximar da população, tirando a “blindagem” que separa os vereadores do povo durante as sessões.





Fonte: de Rondonópolis

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