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Bancada ruralista quer Itamaraty na negociação com UE
Brasília - Insatisfeitos com a atuação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no acordo feito com a União Européia na comercialização da carne bovina brasileira para o bloco, os deputados que integram a Comissão da Agricultura da Câmara se reuniram nesta quarta-feira (27.02) com o ministro interino das Relações das Exteriores, o secretário-geral Samuel Pinheiro Guimarães Neto, e pedir a entrada do Itamaraty na negociação de novas regras dessa parceria comercial.
De acordo com o deputado Homero Pereira (PR-MT), a crise instalada, primeiro pelo embargo europeu à carne e depois pela restrição em apenas 106 fazendas autorizadas a vender o produto ao bloco (das 2.600 habilitadas), causou constrangimentos dentro e fora do país, além dos prejuízos econômicos. Por isso, querem negociadores mais preparados nas causas internacionais. Para o deputado, o Brasil precisa ser mais firmes nesta questão agora se quiser manter e conquistar novas fatias no mercado exterior com os outros produtos também.
“Sabemos que o Brasil vem ocupando com bastante competência e competitividade mais espaço no comércio internacional, o que tem incomodado os países concorrentes. Se não fizermos algo neste contencioso (a carne), temo que restrições e embargos ocorram a outros produtos brasileiros. Precisamos de bons negociadores a fim de haver regras favoráveis a ambos os lados das parcerias comerciais e evitarmos uma catástrofe”, frisou Homero presente na reunião.
O presidente da Comissão, Marcos Montes (DEM-MS), frisou da necessidade do Brasil rever a normativa nº 17, na qual estabeleceu-se procedimentos que a pecuária de corte não tem condições de cumprí-las. Segundo ele, são incompatíveis com a realidade brasileira.
“Estamos em busca de novos critérios que se aplicam a nossa realidade”, salientou Montes.
Os deputados solicitaram ainda a suspensão total das exportações de carne aos países europeus, conforme eles, até que se estabeleça novamente uma negociação que favoreçam também o Brasil. Eles afirmam que os argumentos da UE, para restringir a uma lista as propriedades aptas a exportar, não têm fundamentos sanitários e ainda ferem o princípio de não discriminação. A mesma exigência não se aplica a Argentina e ao Uruguai, também fornecedores de carne ao bloco.
“Dos 5% do consumo interno da carne suprido com importação de outros países, 70% eram provenientes do Brasil, com produto mais barato e de alta qualidade, o que estava incomodando os produtores principalmente da Irlanda e Inglaterra. Tinha que fazer alguma coisa”, reiterou Homero Pereira.
Depois de ouvir os parlamentares, Guimarães Neto, disse que o Itamaraty vai entrar nessa demanda, mas precisa do respaldo das entidades organizadas do meio rural. Ele solicitou ainda a elaboração de uma proposta substitutiva às normas vigentes. "Temos que ter uma alternativa para colocar na mesa de negociação", afirmou o ministro interino. Os deputados informaram que um grupo de técnicos já trabalham para apresentar um novo sistema de controle animal.
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