Tucana assume presidência da CPI dos Cartões e defende investigação necessária
"Claro que sou partidária, mas isso não quer dizer nunca que, aquilo que for ilícito, não será investigado. Fica muito mais fácil investigar se você coloca a lei como baliza", afirmou.
Serrano disse que vai discutir com Sérgio o cronograma de trabalhos da CPI. Ao contrário do relator, que defende o início das apurações a partir de 1998 (na gestão de FHC), a senadora negou que tenha como prioridade investigar as denúncias de irregularidades no uso do cartão por integrantes do atual governo.
"Eu sou a favor de toda investigação que for necessária. Não conheço bem o relator, mas sei que é uma pessoa que vai se pautar pela seriedade. Seria prematuro dizer por onde vamos começar", desconversou.
A senadora admitiu, porém, que poderá haver disputa política na comissão, a exemplo do que ocorreu na escolha do comando da CPI. "Eu espero que não haja [palanque], mas é evidente que cada parlamentar vai agir da forma que for melhor. Independentemente de ser ano eleitoral, não acredito que isso vai mudar a condução dos trabalhos."
A expectativa da presidente da CPI é que a comissão seja instalada na semana que vem, com a indicação dos seus integrantes pelos partidos políticos.
Recuo
A Folha Online apurou que a senadora chegou a recusar, inicialmente, o convite para assumir a presidência da CPI. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), fez um apelo para que Serrano assumisse o cargo --uma vez que o nome da senadora é considerado como de "consenso" entre DEM e PSDB.
A senadora admitiu que também relutou do convite porque ainda avaliava a possibilidade de lançar sua candidatura à prefeitura de Campo Grande (MS) --o que não deve mais ocorrer depois que aceitou o convite para presidir a CPI.
"Eu tinha pedido ao partido para escolher outros nomes, mas acharam, o DEM e o PSDB, que eu uniria o grupo. [A candidatura] ainda não era uma questão fechada. Há outras questões que estão sendo discutidas", desconversou.
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