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Politica Brasil
Quarta - 27 de Fevereiro de 2008 às 20:40

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O senador Jaime Campos (DEM), que sonha com o retorno à cadeira de governador em 2010, é um dos poucos caciques políticos que ainda insistem no velho projeto da familiocracia. Somente este ano ele deve ter três irmãos candidatos, cada um em município diferente.

O ex-conselheiro aposentado do TCE, Júlio Campos, tende a ser o candidato do DEM à sucessão em Várzea Grande. O prefeito de Jangada, Dito Paulo, outro irmão de Jaime, concorrerá à reeleição. De quebra, o senador ainda conta com a irmã Márcia Campos como candidata de novo à vereadora por Cuiabá. Jaime Campos ainda tem outros políticos na família, como o primo Campos Neto (PP), deputado estadual e já em pré-campanha para deputado federal no pleito de 2010. O senador prepara ainda o filho Dudu Campos para ser o seu "herdeiro" político, lançando-o deputado estadual no próximo pleito.

Outros caciques até conseguiram, num passado recente, "emplacar" esposas e demais membros da família em cargos eletivos. O momento agora parece ser outro, com o eleitor para crítico e resistente a essas tentativas de perpetuação de famílias no poder.

Exemplos

Os líderes políticos que lançaram esposas, fazendo espécie de "dobradinha" nas eleições, enfrentaram uma série de desgaste depois. O então senador Jonas Pinheiro, falecido semana passada, conseguiu eleger a esposa Celcita Pinheiro deputada federal em 2002. Já no projeto à reeleição, ela foi reprovada e ainda saiu da Câmara sob forte desgaste por ter sido denunciada como uma das envolvidas na máfia das sanguessugas - esquema de propina patrocinado pela Planam, dos Vedoins, a partir de apresentação de emendas junto ao OGU para compra superfaturada de ambulâncias às prefeituras.

Outra que também saiu de cena sob acusação de ligação com o esquema sanguessugas foi a ex-deputada federal Teté Bezerra, esposa do ex-governador, ex-senador e hoje deputado federal Carlos Bezerra (PMDB). Ela havia sido eleita em 98, perdeu à reeleição em 2002, ficando na suplência. Com a cassação de Rogério Silva, Teté voltou à cadeira de deputada e acabou "encerrando" a carreira em 2006, também sob acusação de irregularidades, apesar de negá-las.

O ex-governador Dante de Oliveira (já falecido) foi o principal cabo eleitoral da eleição da esposa Thelma de Oliveira (PSDB) à Câmara Federal, em 2002. Por outro lado, ele não se elegeu senador na nesma campanha eleitoral.





Fonte: RD News

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