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Politica Brasil
Quarta - 27 de Fevereiro de 2008 às 09:02

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Cassado por compra de votos há mais de três meses, o deputado Gilmar Fabris (DEM) vai continuar recebendo um "gordo" subsídio mensal da Assembléia como se estivesse legislando enquanto perdurar a sua licença médica. Ele já está no terceiro pedido de afastamento e tende a continuar usando desse artifício até o final do mandato.

Assim, permanece com direito a todos os privilégios de quem está na ativa: salário de R$ 12,5 mil, mais subsídio de R$ 8 mil, um veículo Corolla à disposição, assessores, R$ 30 mil de verba de gabinete, mais R$ 15 mil a título de indenização e outras despesas custeadas pelo erário. Em verdade, apesar da existência de 24 cadeiras, a AL conta hoje com 25 deputados inseridos na folha como ativos.

O Tribunal Regional Eleitoral, que cassou o parlamentar no final do ano passado, argumenta que já cumpriu o seu papel, pois enviou à Mesa Diretora da Assembléia uma notificação. Nela, comunica que Fabris perdeu o mandato e que o seu suplente, no caso Roberto França, deve ser empossado. Já o presidente da AL, deputado Sérgio Ricardo (PR) insiste na tese de que Fabris não será notificado até que retorne da licença médica. O parlamentar cassado alega que está em tratamento contra a obesidade. Ele mal tomou posse, no início do ano passado e protocolou pedidos de licença.

O Ministério Público Eleitoral, que pediu a cassação do democrata, argumenta que não sabia dessa situação. Acreditava que Fabris, que recorreu até ao TSE e não obteve êxito no sentido de reconquistar o direito ao mandato, já estivesse oficialmente fora da cadeira de parlamentar. Também alega que fez sua parte, ou seja, propôs representação contra Fabris por captação ilícita de sufrágio.

A Justiça Eleitoral descobriu que havia em Poxoréo, onde iniciou o processo, até caderneta com relação de eleitores e valores a serem pagos por voto pela coordenação da campanha de Fabris. Ele recorreu da decisão, mas não conseguiu reverter a situação, diferente dos cassados, deputado federal Pedro Henry (PP) e a estadual Chica Nunes (PSDB), que se seguram nos mandatos graças a liminares concedidas pelo TSE.

Somados o que Fabris já recebeu desde quando entrou de licença para cuidar do problema de obesidade, em março do ano passado, já se vão R$ 120 mil de salário pagos a ele pela Assembléia.





Fonte: RD News

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