PF começa a operação "Arco de Fogo" no Estado

A Polícia Federal inicia hoje a Operação Arco de Fogo em Mato Grosso e deverá percorrer os 19 municípios apontados pelo Instituto de Pesquisas Nacionais (Inpe) como os mais críticos em relação ao desmatamento. Marcelândia, Alta Floresta, Juara, Juína e Paranaíta foram indicados entre os maiores devastadores da Amazônia. Ontem a tarde, agentes federais chegaram em Sinop (500 km de Cuiabá) em helicópteros e avião.

A assessoria de imprensa da corporação em Brasília informou que por questões estratégicas eles não podem comentar quantos policiais do Estado estão envolvidos na operação e nem quando começará a ação em Mato Grosso. Da mesma forma não disseram se as fiscalizações vão ocorrer apenas nos municípios apontados pelo Inpe. Os agentes podem percorrer também áreas críticas apontadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em relação ao desmate.

Cerca de mil agentes federais participam da Operação Arco de Fogo na região amazônica. Além do efetivo da PF, a operação terá a presença de fiscais do Ibama, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Eles começam atuando nas serrarias e depois será direcionada às ações de combate ao transporte e corte ilegal de madeira.

O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, disse que os policiais serão fixados na região. Eles traçaram um planejamento permitindo uma permanência prolongada na região. Quatro bases serão instaladas no Estado durante a operação: Várzea Grande, Barra do Garças, Sinop e Vila Rica.

A Polícia Federal já estuda a destinação que será dada à madeira apreendida. Uma das possibilidades em avaliação é a realização de leilões. Os recursos arrecadados seriam revertidos para o financiamento das ações de combate ao desmatamento.