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Politica Brasil
Segunda - 25 de Fevereiro de 2008 às 08:32

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O PR do governador Blairo Maggi, agora presidido no Estado por Moisés Sachetti, abre nesta segunda à noite, na reunião da Executiva, uma discussão que deve resultar na expulsão do partido dos prefeitos Dener Araújo Chaves, de Juscimeira, e Vanderlei Luz Aguiar, de São José do Xingu. Ambos são acusados de corrupção. Se excluídos, ficarão impedidos de concorrer à reeleição no pleito de 5 de outubro.

"Temos que dar a eles o direito do contraditório, mas vamos apurar o que aconteceu. Não podemos conviver com esse tipo de situação. Não compactuamos com isso", reage o dirigente republicano Sachetti, secretário extraordinário do gabinete do governador Maggi. Segundo ele, a discussão partidária sobre Dener e Vanderlei inicia já nesta segunda. Por enquanto, ele considera precipitado adiantar se a decisão do PR vai ser pela expulsão. Observa, porém, que as acusações serão investigadas. Recém-criado, o PR já é a maior legenda em Mato Grosso. Conta com 67 prefeitos, mais de 50 vice, 230 vereadores, cinco deputados estaduais, dois federais e um governador.

Dener Araújo é acusado de cometer atos de improbidade administrativa e foi destaque até no Jornal Nacional, da Rede Globo. A Procuradoria-Geral de Justiça analisa, inclusive, um pedido feito pelo Tribunal de Contas do Estado para afastamento do gestor. O prefeito está com sete meses de folha salarial em atraso. É acusado de emitir nada menos que 136 cheques sem fundos em nome da prefeitura, totalizando R$ 701 mil. Os gastos da prefeitura estão desordenados, uma demonstração de ingerência. Foram detectadas ainda despesas de R$ 486 mil sem a devida comprovação, assim como irregularidades nos processos licitatórios, e empenhos de R$ 1 milhão sem haver licitação e desvio de R$ 53 mil do erário.

O outro prefeito do PR "enrolado" Vanderlei Aguiar foi preso na semana passada e recolhido no presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá, junto com outras três pessoas. É acusado de participar de um grupo de pelo menos 14, com desvio de R$ 2 milhões de recursos destinados a aldeias indígenas. O esquema foi descoberto pela Delegacia Fazendária.

Para não ficar com a pecha de um partido conivente ou que protege corruptos, a executiva estadual do PR sinaliza nos bastidores pela expulsão dos dois prefeitos. Num primeiro momento, tende a afastá-los provisoriamente. Pelo visto, Dener e Vanderlei estarão mortos politicamente, porque, além da falta de respaldo do partido ainda conviverão com a rejeição popular.





Fonte: RD News

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