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Meio Ambiente
Domingo - 24 de Fevereiro de 2008 às 11:04

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O vice-governador Silval Barbosa (PMDB) ameniza a crise na área ambiental, destaca avanços, mas admite que a administração precisa avançar muito no setor e admite que há problemas de gestão. "Tem muita coisa feita, mas, neste ano, se a gente der uma apertada na gestão da Sema vamos avançar mais", diz Silval. Ele foi escalado pelo governador Blairo Maggi para encontrar uma alternativa com vistas a acabar com a crise na Sema.

Na semana passada, Silval participou do encontro Reage Nortão, em Colíder, e ouviu até xingamentos de produtores, prefeitos e outros líderes políticos. Todos estavam na bronca por causa do trâmite lento dos processos sobre licenciamento protocolados na secretaria. O movimento pediu a troca do comando da pasta. Perguntado se Luis Henrique Daldegan e seu adjunto Batilde Abdala podem vir a ser exonerados, Silval Barbosa desconversou. "Isso é autonomia exclusiva do governador Blairo Maggi. Ele me falou de todas as reformas do secretariado, mas, sobre a Sema, não disse nada".

Silval conta que durante o Reage Nortão não se discutiu troca do comando da Sema, mas lembra que o discurso do deputado estadual José Riva (PP) foi duro nesse sentido. Lembra também que a CPI da Sema, instaurada pela Assembléia e presidida pelo próprio Riva, apresentou mais de 80 sugestões e apontou problema de gestão na secretaria.

Bastante cauteloso, o vice-governador preferiu reforçar a tese de que "está havendo melhorias na gestão ambiental". Segundo ele, quando da Operação Curupira, que resultou na prisão de diversas pessoas e suspensão de madeireiros do cadastro de licenciamento, principalmente do Nortão, verificou-se que o setor estava muito desorganizado. "A maioria estava atuando na ilegalidade e houve uma crise que praticamente parou o setor madeireiro". Afirma que o governo Maggi reagiu de imediato e assinou um termo de responsabilidade ambiental com o Ibama, trazendo para o Estado as atribuições do órgão federal. Isso, segundo Silval, levou o Estado a preparar e a ajustar toda uma legislação ambiental, com correções e estrutura para, assim, poder atender a demanda, o que levou um certo tempo.

Ibama e Sema

O vice-governador faz até comparativo para assegurar que a área ambiental "melhorou". Conta que nos últimos quatro anos (de 2002 a 2005), o Ibama havia liberado 5 milhões de m3 de Autorização para Trasporte de Produtos Florestais (ATPFs). Segundo ele, o Estado, assim que assumiu a gestão florestal após parceria com o Ibama, de dezembro de 2005 até o final de 2007, liberou 8,3 milhões de m3 somente de manejos. "Em dois anos, mesmo com a falta de estrutura, avançamos muito mais do que se essas atribuições estivessem com o Ibama".

Por outro lado, o ex-prefeito de Matupá (Nortão) e ex-deputado estadual, o vice-governador peemedebista pondera que o governo não pode cantar vitória na área ambiental "porque falta muita coisa para melhorar dentro da secretaria". Apesar das evidências, evita falar em queda do secretário e do adjunto. É esperar para ver.





Fonte: RD News

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