Malheiros deixa Casa Civil e reassume na AL; Luciano presidirá MT Fomento
A reforma no secretariado do governador Blairo Maggi continua no “conta gotas”. Depois de confirmar Paulo Pitaluga para a Secretaria de Cultura, conforme já vinha sendo divulgado pela imprensa desde a semana passada, o governador Blairo Maggi chamou para presidir a MT Fomento o ex-superintendente do Banco do Brasil Milton Luciano. Ele substituirá ao economista Eder de Moraes, levado para a Secretaria de Fazenda, em lugar de Valdir Teis, que assumiu no final do ano passado o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.
O nome de Luciano surgiu depois de um encontro do governador com o secretário de Fazenda, Éder Moraes, e a cúpula da área econômica do Governo. O ex-superintendente do Banco do Brasil é considerado um especialista no setor de fomento. “Ele tem tudo para dar continuidade ao trabalho de Éder” – disse um interlocutor governamental.
Na quinta-feira, o governador Maggi anunciou o nome do delegado federal Diógenes Curado para o cargo de secretário de Justiça e Segurança Pública, em lugar de Carlos Brito. A substituição não estava, a princípio, nos planos do governador. Porém, Brito pediu demissão do cargo em função das pressões de segmentos da bancada de sustentação do Governo na Assembléia Legislativa. Curado ainda não tem data para assumir o cargo.
Apesar disso, o clima de especulação persiste no Governo. A cargo da vez é a Casa Civil. No final da tarde, o deputado João Malheiros (PR) praticamente confirmou que deixará a pasta para retornar às suas atividades no Legislativo. Malheiros quer ter maior participação no processo eleitoral que se aproxima e, no Governo, enfrentaria maiores dificuldades. Fora isso, o político quer se organizar para disputar um cargo de relevância na Mesa Diretora da Assembléia Legislativa.
A princípio, o nome mais cotado é o de Antônio Kato para ocupar o cargo a ser deixado por Malheiros. Razão óbvia: ele já administrou a Pasta e conta com o respaldo de lideranças do Norte do Estado. Fontes governamentais descartaram a hipótese de Carlos Brito vir a assumir o posto. “Ele já disse que quer ficar fora do Governo para se defender das eventuais acusações lançadas pelo deputado Valter Rabelo (PP)” – informou.
Além de um eventual novo nome para a Casa Civil, pasta de articulação do Governo, Maggi ainda tem duas secretarias para preencher. Uma delas é a de Turismo. O cargo oferecido ao PMDB e depois ao suplente de deputado Carlos Brito ficará vago a partir da saída de Alexandre Furlan da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração. A vaga de Furlan será ocupada pelo empresário Mário Nadaf, atual secretário de Turismo. A reforma do secretariado de Maggi também pode avançar para a Secretaria de Meio Ambiente. O governador, segundo fontes palacianas, têm sido orientado a substituir o secretário Luís Henrique Daldegan como forma de dar uma resposta à altura aos críticos do Governo. Maggi resiste. Daldegan também.
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