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Politica Brasil
Sexta - 22 de Fevereiro de 2008 às 11:24
Por: Pollyana Araújo

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O secretário de Saúde da Capital, Luiz Soares, e o seu antecessor, deputado Guilherme Maluf, ambos do PSDB, passaram a trocar farpas e acusações mútuas. Maluf já propôs aos vereadores até abertura de uma CPI para investigar denúncias quanto à suposta queima irregular de quase 4 toneladas de medicamentos. "Essa incineração foi feita de forma inadequada, pois aqui em Cuiabá não temos local apropriado para fazer esse tipo de serviço", argumenta Maluf, cuja gestão é responsável pelo vencimento dos medicamentos.

Ele alega, porém, que o prazo de validade pode ter vencido antes da distribuição porque muitos deles são doações de distribuidoras de medicamentos. Segundo o ex-secretário, às vezes, esses medicamentos gratuitos chegam na secretaria com prazo de validade próximo do vencimento.

Para o ex-secretário, Soares está usando a tática de "criticar o antecessor para tentar justificar os seus erros" na Saúde. Na queda-de-braço com Maluf, o polêmico Luiz Soares encaminhou uma carta aos servidores alegando que não vai pagar os prêmios referentes aos meses de novembro e dezembro do ano passado porque a verba foi usada por Maluf para o pagamento de fornecedores. "Essas informações que partiram dele (Soares) não são verdadeiras, pois ele está querendo justificar o não-pagamento da bonificação aos servidores".

Maluf supõe que essas acusações do atual secretário possam ser por razões políticas. "Penso que seja isso, mas não entendo, porque não vou disputar nenhum cargo neste ano". Conta que já conversou com o prefeito Wilson Santos (PSDB), presidente regional do PSDB. Observa, porém, que o dirigente tucano não disse ainda se vai ou não tomar alguma atitute sobre o assunto. "Ele (Santos) é o presidente do partido, então cabe a ele resolver (as divergências)".

Briga antiga

Guilherme Maluf conta ainda que a própria administração já anunciou que vai montar uma comissão de sindicância para averiguar supostas irregularidades na pasta. A rixa dos dois vem desde a primeira gestão de Soares, nomeado à época pelo então prefeito Roberto França. Soares descredenciou junto ao SUS o hospital particular Santa Rosa, de propriedade de Maluf. Ele, porém, nega que Soares tenha feito esse descredenciamento. "Nós que pedimos o descredenciamento. O Santa Rosa está descredenciado desde aquela época".





Fonte: RD News

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