Homero acelera projeto de Jonas que tira MT da Amazônia
Os dois parlamentares mato-grossenses vão liderar a campanha, agora com maior respaldo do próprio relator e também do substituto de Jonas no Congresso, o empresário rural Gilberto Goellner. Para Homero, a aprovação do projeto seria uma homenagem a Jonas, que também integrava a bancada ruralista. Ambientalistas também devem se mobilizar, mas no sentido de barrar o projeto. Eles argumentam que a retirada de MT da Amazônia Legal resultaria em maior abertura de áreas para o desmate, deixando o Estado mais vulnerável à destruição do meio ambiente em meio à exploração econômica ambiental (in)sustentável. Como integra a Amazônia, todos os 141 municípios mato-grossenses precisam manter área preservada em 80%. Pela proposta do ex-senador Jonas, MT deve ser inserido no bioma cerrado. Nesse caso, a exigência de preservação das áreas de reserva cairia para apenas 35%.
Homero considera injusto o fato de todo o MT estar na região da Amazônia Legal. Segundo ele, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a maioria desses municípios não fazem parte do bioma Amazônico. Entende que só deveriam continuar na Amazônia Legal alguns municípios que estão localizados no extremo-norte, entre as divisas do Amazonas e do Pará.
"Mato Grosso não pode abrir mão da vocação de produzir alimentos. Isso não quer dizer que a terra será explorada de forma indiscriminada e que vamos desrespeitar o meio ambiente", alega Homero, presidente licenciado da Federação da Agricultura (Famato). O parlamentar questiona o fato de não haver restrições em outras regiões. "A inclusão de todos os municípios do Estado na Amazônia Legal faz parte de um conceito do passado. A realidade hoje é outra", critica.
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