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Esportes
Terça - 19 de Fevereiro de 2008 às 07:43

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A diretoria jurídica do São Paulo conseguiu uma vitória no Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol nesta segunda-feira. Depois de apresentar uma proposta de absolvição e outra de desqualificação de artigo, o clube conseguiu que o atacante Adriano escapasse de punição pesada e pegasse apenas dois jogos de suspensão pelo cartão vermelho recebido no clássico contra o Santos.

A defesa do clube comparou o incidente com o santista Domingos à cabeçada desferida pelo meia Zinedine Zidane no zagueiro italiano Marco Materazzi, na final da Copa do Mundo de 2006, com o intuito de estabelecer diferenças entre os gestos.

Além disso, o advogado Roberto Armelin apresentou o que considera dois atenuantes. Primeiro, lembrou que essa foi apenas a segunda expulsão na carreira do jogador (tendo a anterior ocorrido em reação a uma agressão na Itália) e a única no país. Segundo, discorreu sobre os serviços prestados pelo atleta à seleção brasileira.

Armelin afirmou que esperava uma absolvição completa de Adriano, mas não deve entrar com recurso. "Eu queria a absolvição, não estou satisfeito. A questão do recurso vai depender do tempo, talvez não valha a pena."

Inicialmente, o Imperador corria o risco de pegar um gancho de 120 a 540 dias por ter sido incluso no artigo 253 (praticar agressão física contra árbitro ou seus auxiliares, ou contra qualquer outro participante do evento desportivo) - ele foi acusado de ter dado uma cabeçada no santista Domingos. Porém, o TJD o incluiu num artigo de pena mais branda, o 255 - que caracteriza "ato hostil" - conforme solicitava o clube do Morumbi.

A votação terminou com três votos a favor da inclusão de Adriano num artigo de pena menos rigorosa (um voto foi dado para punição de três jogos e outro, para um jogo). Os auditores do TJD entenderam que não houve agressão no lance, como relatou o árbitro Antônio Rogério Batista do Prado na súmula. O juiz mostrou cartão vermelho ao atacante depois de ser avisado pelo auxiliar do lance.

Como já cumpriu a suspensão automática na derrota por 3 a 2 para o Marília, no último domingo, Adriano fica fora da partida contra Paulista, na próxima quinta-feira. Seu retorno está programado para o desafio de domingo, contra o Noroeste, no estádio do Morumbi.

Sem Adriano, a tendência é que o técnico Muricy Ramalho mantenha Aloísio no time titular e deixe a briga pela outra vaga entre Borges e Dagoberto. Na última rodada do Campeonato Paulista, a dupla de ataque foi formada por Borges e Aloísio, mas Dagoberto entrou no lugar do primeiro no segundo tempo.

A preferência por Borges foi justificada pela recente recuperação de Dagoberto de uma lesão muscular na coxa direita. Contra o Marília, o camisa 11 fez seu primeiro jogo desde a constatação do problema, que ocorreu no empate por 0 a 0 com a Ponte Preta, em Campinas, no dia 2 de fevereiro.





Fonte: Folha Online

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