Tragetória: Jonas, a voz do agronegócio
A proposta que retira o Estado da Amazônia Legal consta no projeto de lei do Senado nº 05/07, de autoria do próprio Jonas. Prevê que seriam abrangidos pelos limites legais da região apenas o Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia e Amapá. Segundo o senador, o bioma Cerrado, que predomina em Mato Grosso, não tem nada a ver com o bioma amazônico. Foi para acabar com tal distorção, segundo ele, que resolveu apresentar o projeto.
O pagamento de dívidas agrícolas com recursos do FAT foi defendida por Jonas na tentativa, segundo ele, de minimizar a crise que atingiu o setor ao longo de 2007. A proposta partiu do próprio movimento encabeçado por megaprodutores. Até protestos em plenários foram feitos pelo parlamentar mato-grossense diante do recuo do Ministério do Trabalho em colocar em prática a sugestão através do Fundo de Recebíveis do Agronegócio.
No fim de 2007, Jonas também se destacou ao ver aprovado seu projeto de lei de conversão (PLC) 23/07, originário da medida provisória (MP 372/07), que cria linha de crédito para que os bancos financiem os produtores rurais ou suas cooperativas e liquidem suas dívidas com fornecedores de adubos, sementes e defensivos agrícolas contraídas de 2004 a 2006.
Jonas também rendeu polêmica ao pedir a derrubada de veto presidencial ao dispositivo da Lei de Biossegurança, que permitiria assegurar a capacidade de maior decisão da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), o que, na prática, diminuiria o quorum para deliberações do Conselho. O senador Jonas também defendeu a medida provisória que regulamentava plantio de transgênicos.
Senador de segundo mandato e deputado federal por três vezes consecutivas, Jonas era considerado o parlamentar mais experiente da bancada federal de Mato Grosso. Tinha lugar garantido em discussões no Congresso sobre o agronegócio. "Na semana passada, quando ele não compareceu para uma audiência pública para discutir o assunto em Brasília, todo mundo fez questão de ressaltar que ele era um dos primeiros que chegavam e um dos últimos que saíam", relata o empresário Jorge Pires de Miranda, diretor da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
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