Planetas semelhantes à Terra são comuns em nossa galáxia, diz estudo
Planetas semelhantes à Terra se formam em quase todos os sistemas solares da Via Láctea, o que levaria a pensar que a vida pode estar mais "difundida" do que se acredita atualmente, segundo estudo divulgado neste domingo (17) nos Estados Unidos.
O astrônomo Michael Meyer, da Universidade do Arizona (sudoeste), determinou ao trabalhar com o telescópio espacial Spitzer, da Nasa (agência espacial dos EUA), que pelo menos 20% e talvez até 60% das estrelas comparáveis ao nosso sol permitiriam a formação de planetas rochosos como a Terra.
"Estudamos a evolução dos gases e da poeira ao redor de estrelas similares ao nosso sol em diferentes períodos e comparamos os resultados ao que deve ter sido nosso sistema solar --de 4,6 bilhões de anos-- nos primeiros estágios de sua evolução", explicou o astrônomo, que apresentou seu estudo na conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Boston, Massachusetts.
Durante sua pesquisa, Meyer e uma equipe de astrônomos estudaram seis grupos de estrelas com massas comparáveis à do nosso sol, que tiveram as idades estimadas entre 3 milhões e 3 bilhões de anos.
O estudo também estabelece que os planetas semelhantes à Terra seriam mais numerosos na Via Láctea do que os planetas gasosos.
"À primeira vista, a freqüência de formação de planetas do tipo terrestre é mais elevada do que a freqüência estimada de formação dos grandes planetas gasosos como Júpiter", afirmou Meyer durante uma coletiva de imprensa.
"Mas os resultados deste estudo ainda devem ser polidos", ponderou o astrônomo, explicando que existem diferentes formas de interpretar os dados.
Comentários