Cientistas pedem integração para combater aquecimento global
Para reduzir o aquecimento global será necessário a integração da ciência e de políticas públicas com as necessidades dos consumidores e a economia global, afirmaram no domingo (17) cientistas norte-americano durante a reunião anual da AAAS (Associação Americana para o Avanço das Ciências), que acontece em Boston (EUA).
Os cientistas indicaram que esta conjunção é "crucial" se o mundo "quer ter alguma chance de reduzir" os efeitos do CO2 sobre o clima da Terra.
Cientistas e governos do mundo afirmaram que o aumento das temperaturas como resultado da acumulação de gases estufa na atmosfera está modificando os padrões climáticos em todo o planeta e causando a aceleração do degelo, principalmente na Groenlândia e na Antártida.
Esse degelo ameaça elevar os níveis do mar, com conseqüências ecológicas e territoriais desastrosas para muitos países com um litoral extenso e baixo.
Mike Davis, presidente do Diretório de Ambiente e Energia no PNNL (Laboratório Nacional do Pacífico-Noroeste), do Departamento de Energia dos EUA, indicou que devem ser intensificados os esforços para encontrar soluções conjuntas para o problema.
"A colaboração entre os cientistas deve ocorrer a níveis sem precedentes, e a ciência terá que proporcionar a base para as soluções viáveis", disse.
Alternativas
Douglas Ray, do Diretório de Ciências Informáticas do PNNL, disse que também é preciso encontrar respostas científicas que "limitem este descontrolado experimento com o ciclo do carbono".
Segundo os cientistas, a captura do CO2 exigirá novos processos químicos que eliminem o gás antes de este desaparecer no ar.
Por outro lado, guardá-lo em depósitos de maneira segura e efetiva exigirá um melhor conhecimento das reações químicas que podem ocorrer entre esse dióxido de carbono e outros compostos.
"Ser capaz de prever como o dióxido de carbono afeta tudo que o rodeia será fundamental para a busca de uma solução para o problema do aquecimento global", ressaltou Ray.
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