CNJ quer investigar cartões corporativos do Judiciário

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) quer investigar o uso do cartão corporativo por integrantes do Judiciário. A presidente do CNJ, Ellen Gracie --que também preside o STF (Supremo Tribunal Federal)--, enviou hoje pedido de informações sobre os cartões aos presidentes do TSE (Tribunal Superior do Trabalho), STJ (Superior Tribunal de Justiça), STM (Superior Tribunal Militar), Conselho Superior da Justiça do Trabalho, Conselho da Justiça Federal e Tribunais de Justiça.

O secretário-geral do CNJ, juiz Sérgio Tejada, disse que com base nessas informações o CNJ poderá regulamentar o uso e, se entender necessário, determinar a suspensão dos cartões no Judiciário. "Esse é o primeiro passo para o CNJ decidir sobre o assunto. O conselho precisa saber exatamente o que há sobre isso. Com base nestas informações, os conselheiros poderão decidir de que maneira regulamentar o assunto ou, se for o caso, determinar a suspensão do uso dos cartões corporativos no Judiciário."

Segundo o CNJ, os presidentes dos tribunais deverão repassar ao conselho dados como quantidade de cartões em uso, as condições de uso autorizadas, os detentores dos cartões, quais foram os gastos individuais e totais efetuados e quais medidas de controle de seu uso. "A determinação da ministra é que o CNJ reúna todas as informações necessárias para embasar decisões sobre o assunto", informou Tejada.