Rondonópolis: ex-vereador nega venda de cargo e deve interpelar colega
O ex-vereador Márcio Bertoni (PMDB) reagiu às declarações do colega Lourisvaldo Manoel de Oliveira, o Fulô (PMDB), que em discurso proferido na sessão de quarta-feira, na tribuna do Legislativo, disse que havia indícios de que ele [Bertoni] teria vendido o mandato e pediu que a Polícia Federal e o Ministério Público investigassem a renúncia do parlamentar. Bertoni disse ontem que o parlamentar foi infeliz na declaração e mais, que pode interpelar judicialmente Fulô. “Ele simplesmente vai ter que provar e eu estou entrando com pedido para receber uma cópia do discurso dele”, avisou Bertoni.
O ex-vereador negou, de todas as formas, que negociou o mandato em troca da renúncia. “Isso não existe e jamais venderia meu mandato por R$ 50 mil, ele deveria ter falado R$ 1 milhão”, ironizou.
Bertoni confessou ainda que ficou ofendido com as declarações de Fulô. “Ele atingiu a minha família, a minha honra”, afirmou. Bertoni disse que deve conversar com o seu advogado na segunda-feira, sobre o caso.
O assessor do ex-vereador, Fabiano Pereira da Silva, também disse ontem que as denúncias de Fulô não procedem. “Isso é conversa de botequim, que não pode ser levada a sério”, rebateu.
Um dia após a renúncia, Bertoni havia declarado, ao Jornal A Tribuna, que abriu mão do cargo em razão de problemas pessoais. A assessoria do ex-parlamentar ainda informou que Bertoni estava com problemas de saúde.
O ex-vereador, desde o ano passado, havia ensaiado o pedido de renúncia e chegou até a entrar com um pedido de licença no Legislativo.
A Câmara de Vereadores aceitou o pedido de renúncia de Bertoni realizado na terça-feira e apresentado na sessão de quarta-feira do Legislativo. Com o cargo em vago, está definido que a partir de quarta-feira, o primeiro suplente da coligação que elegeu Bertoni, o apresentador de TV João Gomes, assume o cargo. A posse de Gomes também será na quarta.
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