Corregedoria afasta 11 policiais por suspeita de tortura em GO
Uma das vítimas da suposta tortura está desaparecida, de acordo com a corregedoria. Os 11 PMs integram três equipes da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana) de Goiás.
A PM informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os policiais afastados receberam, na noite de segunda-feira (11), denúncia anônima sobre um suspeito de estupro e tráfico de drogas que estaria escondido em uma oficina mecânica em Goiânia, onde também morava.
As três equipes chegaram ao local por volta das 22h e o suspeito fugiu, segundo relatos dos policiais à Corregedoria. Nos fundos da oficina, informaram ter localizado os cinco jovens usando crack.
À Corregedoria quatro dos jovens afirmaram que os policiais, para tentar descobrir o paradeiro do suspeito, passaram a agredi-los fisicamente e a aplicar choques. Os rapazes disseram ainda que foram soltos pelos policiais individualmente e que o último a ser liberado foi o pedreiro Célio Roberto Ferreira de Souza, 22, que está desaparecido.
A denúncia foi apresentada pela mãe de Souza, na terça-feira (12). De acordo com o órgão, os quatro rapazes foram localizados e reconheceram, por foto, 6 dos 11 policiais. Eles estão sob proteção policial.
Os quatro foram submetidos a exames no IML (Instituto Médico Legal) de Recife para verificar a existência de marcas de agressões. O resultado deve sair em dez dias.
Os 11 policiais --um tenente, um subtenente, dois sargentos, três cabos e quatro soldados-- foram afastados de suas funções. A Corregedoria também pediu à Justiça a prisão preventiva de todos.
Segundo o capitão Télio Alexandre Amorim, responsável pelo inquérito, a denúncia ainda terá que ser comprovada, mas existem "fortes indícios" de conduta abusiva dos policiais.
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