Rabello acredita em jogo de interesses em aquisição de fardamento de R$ 11 milhões

O deputado estadual Walter Rabello (PSD) insinuou que existe um jogo de interesses na troca de uniforme da Polícia Militar de Mato Grosso, que custou cerca de R$ 11 milhões para os cofres públicos. Para o parlamentar, não existem motivos para essa mudança que, segundo ele, só poderia ser justificada por interesse de “alguém”.



“A quem interessa essa troca de uniforme, que custa R$ 11 milhões, se nem mesmo os policiais a querem?”, questionou o parlamentar na tribuna da Assembleia Legislativa na tarde desta noite desta terça-feira (28), onde misturou o assunto com o recente problema do encontro de medicamentos vencidos da Saúde estadual. “Medicamento vencido e farda nova”.

 

 

A Polícia Militar de Mato Grosso trabalha na troca dos fardamentos desde 2010, quando foi iniciada uma pesquisa sobre o tema. Desde então uma comissão formada por oficiais se baseou em duas monografias para analisar a necessidade de uma nova roupagem à PM. 

 

 

A nova cor, cinza bandeirantes, seria mais adequada ao clima de Mato Grosso, assim como o novo tecido. Conduto, um dos principais motivos seria para a população deixar de ver a PM como um órgão intimidador. Cada homem da Polícia Militar, de policial a coronel, recebeu dois conjuntos operacionais, omposto por gandola, calça, camiseta, cinto, cobertura (gorro) e coturno.

 

 

De acordo com o parlamentar peessedista, 78% dos policiais da corporação reprovaram a mudança no uniforme, que deixa de ser azul petróleo. Além disso, ele considera “muito mais importante” investimento em solução para os problemas da segurança ao invés de uma troca de “visual”.

 

 

“Primeiro que a tropa não quer. A tropa vai sair a rua desmoralizada na rua. E outra que isso não resolve nada. Acha que vai dar uniforme novo e todo mundo vai feliz para rua e vai trabalhar mais e melhor? Não vai não. Deixou esses policiais aí vários anos sem auxilio farda e agora acha que pode resolver tudo”, asseverou Rabello.

 

 

O parlamentar estadual ainda afirma que, caso o Comando da Polícia Militar se recuse a fornecer a pesquisa, ele já a possui. “Eles perguntaram sobre a aprovação da farda pelo site da Polícia Militar”, disse.