TCU diz que há notas frias em viagem do presidente
O TCU (Tribunal de Contas da União) detectou 27 notas fiscais frias na prestação de contas de aluguel de veículos que o Planalto fez com os cartões corporativos para a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Ponta Porã (MS) em 2003, revela reportagem de Ranier Bragon e Hudson Corrêa publicada nesta quinta-feira na Folha de S.Paulo (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Além disso, na ocasião o Planalto liberou ao menos R$ 206 mil para a locação dos automóveis, contudo, o dono da empresa que prestou o serviço disse ter cobrado apenas R$ 40 mil, menos de um quinto do valor apresentado.
De acordo com a auditoria do TCU, as notas não possuem Autorização para Impressão de Documento Fiscal e trazem um endereço fictício.
A Casa Civil da Presidência, por meio de sua assessoria, reafirmou o pagamento do valor das notas fiscais, negando que o serviço tenha ficado em R$ 40 mil, e disse que cabe à empresa responder pelas notas frias. O TCU deve enviar o relatório ao Ministério Público para investigação.
Até agora, havia suspeitas relativas às despesas de hospedagem de comitiva precursora de uma viagem que Lula fez, em maio de 2003, aos municípios paulistas de Ribeirão Preto e Sertãozinho, onde inaugurou uma termelétrica e participou de uma feira agrícola. De acordo com o TCU, há suspeita de superfaturamento e de pagamento de diárias a mais com os cartões.
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