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Agronegócios
Domingo - 10 de Fevereiro de 2008 às 14:45

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Com a produção em alta e a intenção de plantio recorde para a safra 2007/2008, o preço da terra alcançou valor recorde nominal em termos médios no país, segundo reportagem da Folha de S. Paulo deste domingo.

Segundo pesquisa do Instituto FNP, consultoria privada especializada em agronegócio, ao longo de 2007, a valorização chegou a 17,83% --ganho real (acima da inflação) de 9,6% no ano. O preço do hectare passou de R$ 3.276 para R$ 3.860.

Para 2008, mesmo com a turbulência nos mercados internacionais, que poderiam prejudicar investimentos, a perspectiva é de nova alta, com os negócios ainda aquecidos. Os motivos, segundo especialistas, são: o preço dos grãos tende a se manter firme, a pecuária ensaia recuperação e os biocombustíveis têm espaço garantido pela frota flex, em que pese não haver a euforia de outros tempos na cana-de-açúcar.

Tomando um período mais amplo para análise, de três anos, o Estado de São Paulo registra as maiores valorizações absolutas no valor do hectare.

As regiões consideradas de fronteira, em Mato Grosso, no oeste baiano e no chamado "Mapito" (Maranhão, Piauí e Tocantins) viraram alvo de fundos de investimento, incluindo estrangeiros, que se voltaram para o mercado de terras, atraídos pelo cenário favorável.

A valorização da terra é um dos fatores que influenciam indiretamente o desmatamento no limite da fronteira agrícola. A partir da formação das lavouras, há a exploração das madeiras, áreas de pastos para a pecuária e o cultivo de grãos ou de plantações perenes.

Desmatamento

No dia 30 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o desmatamento na Amazônia é um "tumorzinho" que foi tratado como câncer antes do diagnóstico. E tentou evitar culpar a a soja e o gado pela ocorrência.

Sobre os números divulgados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Lula disse que a intenção era "alertar de que a gente não pode se descuidar de controlar a Amazônia".

Segundo estimativa do Inpe, 7.000 km2 de floresta, 4,7 vezes a área da cidade de São Paulo, foram derrubados no último trimestre. Os dados mostrariam interrupção do ritmo da queda de desmatamento, que vinha caindo desde a virada de 2004 para 2005.





Fonte: Folha Online

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