Malheiros volta à AL em junho; Sachetti é cotado
Com uma atuação pífia, o deputado João Malheiros (PR) está com os dias contados na Casa Civil. O governador Blairo Maggi decidiu que em junho vai dispensá-lo. Em seu lugar assumirá o atual secretário especial do gabinete do Palácio Paiaguás, Moisés Sachetti. Assim, Malheiros retorna à Assembléia. Até lá, Maggi espera que o embate jurídico envolvendo o deputado Gilmar Fabris (DEM), que está cassado pela Justiça Eleitoral, já esteja encerrado. Assim que Fabris deixar a cadeira de vez na AL, quem se efetiva é o suplente Roberto França (sem partido), que já vem legislando por causa do licenciamento do próprio Fabris.
Em princípio, o governador tinha intenção de contemplar Sachetti na Casa Civil já nesta reforma do secretariado que anunciará logo após o Carnaval. Ocorre que a exoneração de Malheiros alteraria também o quadro na AL. Preferiu, então, postergar essa decisão. Maggi quer aproveitar estes próximos seis meses para testar Sachetti como presidente regional do PR. Muitos criticam-no por achar que não possui habilidade política para comandar o maior partido do Estado, com 67 prefeitos, mais de 200 vereadores, cinco deputados estaduais, dois federais, além do governador. Maggi quer ver na prática como será a atuação de Sachetti, ex-presidente do Detran.
Quanto a Malheiros, o chefe do Executivo estadual concluiu, segundo comentou para aliados mais próximos, que este não tem contribuído muito para amenizar crises e sua letargia o incomoda, tanto que nem assume linha de frente das articulações. Após a saída do trator Luiz Antonio Pagot, essa missão ficou com o vice-governador Silval Barbosa (PMDB).
Malheiros sobrevive na função por conjuntura política e pela acomodação de suplentes na Assembléia. Ele é daqueles que não dispensam uma sesta diariamente e usufruem das benesses do poder. Mesmo fora, mantém sua estrutura no Legislativo, com servidores no quadro de pessoal e só não usa o Corolla destinado ao gabinete porque o Paiaguás também disponibiliza um veículo para atendê-lo.
No começo, a saída de Malheiros contemplou Wagner Ramos, que se efetivou no final do ano passado com a renúncia de Humberto Bosaipo, novo conselheiro do Tribunal de Contas. Agora, na vaga de Malheiros está Pedro Satélite (PPS), que, sob incentivo do colega Percival Muniz, começou a fazer oposição ao governo Maggi. França, por sua vez, ocupa a cadeira do já cassado Gilmar Fabris, que não saiu de vez por causa dos trâmites burocráticos.
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