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Politica Brasil
Sexta - 01 de Fevereiro de 2008 às 22:00

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O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), repudiou os "ataques e insinuações em tom abertamente preconceituoso" e manifestou solidariedade à ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro. O deputado diminuiu o impacto e a relevância dos motivos que levaram à saída da ex-ministra, que deixou o governo após a descoberta de que utilizou o cartão corporativo para pagamento de despesas pessoais.

"Acompanhamos com tranqüilidade a investigação em curso, na certeza de que o resultado, qualquer que seja, não será suficiente para macular a seriedade do trabalho de Matilde Ribeiro à frente da secretaria nem sua trajetória de luta militante pela igualdade racial", disse o deputado, em nota. Berzoini disse que as "eventuais irregularidades" cometidas pela ex-ministra deverão ser apuradas pelos órgãos de controle, declarou que medidas cabíveis só deverão ser tomadas ao final das investigações e sustentou que os ataques foram não apenas contra a ministra, mas também contra a existência da pasta. "Contra tais políticas tem se insurgido, desde o início, a intolerância secular que domina parcela da sociedade brasileira", disse ele.

Berzoini considera a criação da secretaria uma das conquistas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e diz ter certeza de que as políticas adotadas pela ex-ministra na condução da pasta terão continuidade. "A secretaria se constitui em marco fundamental no processo de afirmação da cidadania do povo negro brasileiro", opinou.

O deputado elogia a atenção dada pela ex-ministra aos 1,7 milhão de moradores de áreas quilombolas, grupo "historicamente relegado ao esquecimento". "A partir de uma série de políticas públicas articuladas pela secretaria, estes brasileiros passaram a ter direito à terra, à saúde, à educação e à energia elétrica", defendeu. O deputado destacou a defesa da ex-ministra pela adoção de cotas para negros e índios nas universidades brasileiras, "que permitiram, nos últimos cinco anos, o acesso de 40 mil pessoas ao ensino superior".




Fonte: AE

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