Neto ignora o colega do PP e apóia democrata em VG
Mesmo filiado ao PP que tem como pré-candidato a prefeito de Várzea Grande o colega deputado Maksuês Leite, Campos Neto admite que torce pela vitória do "prefeiturável" do DEM, Arilson Arruda, que tem chance mínima de ser escolhido, já que enfrenta embates internos com Júlio Campos, Wallace Guimarães e Wilson Grafitte. "Torço por Arilson. Se ele for candidato e tiver apenas um voto pode ter certeza que é meu", enfatiza. Campos Neto lembra que, quando disputou a eleição a prefeito em 2004, Arilson foi um dos coordenadores de sua campanha. Por isso, diz que deve apoio integral ao democrata. "Ele (Arilson) saiu de casa-em-casa pedindo voto para mim e eu sei reconhecer isso".
Neto explica que hoje trabalha o nome de Arilson em detrimento de Maksuês porque o ex-secretário de Saúde de Várzea Grande faz parte do seu grupo político. "O meu grupo é independente", diz o deputado, filho do conselheiro do Tribunal de Contas, Ary Leite de Campos. Segundo o progressista, seu grupo é composto por políticos de vários partidos, dentre eles o vereador Marcos Boró (PP) e o próprio Arilson. Adianta que sua base pretende lançar 12 candidatos a vereador no pleito de outubro. No fundo, Campos Neto busca alicerce para sua eventual candidatura a deputado federal em 2010.
O progressista se diz ciente de que o nome de Arilson será descartado, já que o DEM vai promover uma pesquisa de intenções de voto e o pré-candidato que for mais citado pelos várzea-grandenses será o oficial do partido. Dessa forma, diz que essas discussões ainda devem ser ampliadas. Observa que hoje fica numa situação de duplo apoio, já que o sei tio Júlio Campos também é um dos pré-candidatos a entrar na disputa. "Tenho certeza que serei procurado por Júlio". De todo modo, Campos Neto deve apoiar um democrata e não o colega progressista Maksuês.
O parlamentar faz parte da herança genética política dos Campos. Ele diz que agora não tem interesse em disputar cargo majoritário. Neto sofreu desgaste sem precedentes em 2004. À época no PFL (hoje DEM), ele era candidato a prefeito e, a um mês das eleições, desistiu, abrindo espaço para Wallace Guimarães, que perdeu para o hoje prefeito Murilo Domingos (ex-PPS e hoje PR) por somente 588 votos de diferença.
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