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Politica Brasil
Quinta - 31 de Janeiro de 2008 às 08:51

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Após conhecer os números de uma pesquisa qualitativa em Rondonópolis, onde é pré-candidato a prefeito, o deputado Zé do Pátio, um dos poucos que fazem até agora oposição light ao governo Blairo Maggi (PR), chegou a conclusão de que é melhor mesmo o PMDB passar a ser aliado do Palácio Paiaguás. Ocorre que, com isso, joga no colo do governador Blairo Maggi o cacique Carlos Bezerra, que há mais de uma década comanda o PMDB no Estado.

De acordo com a pesquisa interna, a maioria da população rondonopolitana entende que Pátio é um bom candidato a prefeito, mas o tem como "marionete" de Bezerra. Isso leva o pré-candidato peemedebista a perder votos. Desde já, parte do eleitorado absorveu o discurso de que, uma vez Pátio eleito prefeito, quem mandaria na prefeitura seria Bezerra. Esse discurso da oposição o prejudicou eleitoralmente em 2004, quando ficou em terceiro lugar. O deputado estadual é fiel ao seu padrinho, de quem foi secretário de Obras na época em que Bezerra comandou o município por três mandatos.

Agora que o PMDB está decidido a formalizar aliança com o governo, inclusive tende a comandar a pasta do Desenvolvimento do Turismo com a própria esposa de Bezerra, a ex-deputada federal Teté. Assim, Pátio, indiretamente, transfere parte do desgaste para Maggi e, consequentemente, ao seu principal adversário nas urnas deste ano, o prefeito Adilton Sachetti, que vai à reeleição.

Por mais que tenta se esforçar, Bezerra enfrenta alto índice de rejeição, inclusive em Rondonópolis. Conseguiu, após montar uma grande estrutura e muito suor, voltar à vida pública com a reconquista, em 2006, da cadeira de deputado federal. Além de prefeito e de ocupar hoje cargo na Câmara Federal pela segunda vez, Carlos Bezerra já foi deputado estadual, senador e governador.

As últimas alianças majoritárias conduzidas por Bezerra facassaram, com exceção da de 2006, quando levou o PMDB a apoiar a reeleição de Maggi. Em 98, Bezerra se juntou ao adversário histórico Júlio Campos. Os dois "morreram" abraçados nas urnas. Em 2002, se juntou ao também então inimigo político Dante de Oliveira e Antero de Barros. Também foram rejeitados pelos eleitores. Agora. Bezerra "cola" em Maggi. As consequências virão nas eleições municipais deste ano e refletirão em 2010.





Fonte: RD News

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