Após telefonema de Maggi, Lula ameniza críticas
A reação imediata e insistência do governador Blairo Maggi na tese de que os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) estão equivocados quando apontam elevação do desmatamento em Mato Grosso ganhou apoio do presidente Lula. Maggi foi o único governador dos Estados amazônicos a protestar. Por telefonema, ele manteve uma longa conversa com Lula, de quem se tornou um dos principais aliados. Lula reconheceu que houve alarde e disse até que não acredita que o país esteja passando por um novo surto de desmatamento.
Sem citar a ministra Marina Silva, o presidente criticou o Ministério do Meio Ambiente e as organizações não-governamentais. Disse que não se pode culpar a agropecuária, os produtores de soja e os sem-terra assentados pelo aumento do desmatamento na Amazônia. "Não dá para culpar ninguém". Com isso, Lula admitiu explicitamente que os números do desmatamento estão "sob investigação" e, no mesmo dia em que Maggi e os ministros Marina e Tarso Genro (Justiça) sobrevoaram o Nortão de Mato Grosso para constatar a situação de desmate, pediu a ministra que convidasse os governadores para uma reunião em Brasília.
Lula comparou a divulgação dos dados do Inpe a um procedimento médico que, "sem fazer a biópsia, encara um sinal na pele como se fosse câncer".
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