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Politica Brasil
Quarta - 30 de Janeiro de 2008 às 07:09
Por: Simone Alves

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A ex-deputada federal Teté Bezerra (PMDB), em depoimento nesta terça (29), à Justiça Federal, reiterou seu argumento de que não apresentou nenhuma emenda individual destinando recursos para aquisição de ambulâncias. Ela nega participação na máfia das sanguessugas. A quadrilha era chefiada pelos empresários Luiz Antônio e Darci Vedoin, da Planan. Nos documentos apresentados em sua defesa, especificou emendas aprovadas pela bancada mato-grossense e uma outra que demonstra que ela não apresentou nenhuma emenda individual.

Conforme declaração emitida pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional, que está anexado ao processo, não foram encontradas emendas da ex-parlamentar no período em que esteve na Câmara (1995 a 2006). De acordo com a denúncia do Ministério Público, o argumento de que os documentos supostamente confirmem que não há emendas de autoria de Teté para compra de ambulâncias não serve. O MP a denunciou como sendo a responsável pela emenda da bancada.

A ex-parlamentar também apresentou declaração negando que conheça pessoalmente Newton Augusto Sabaraense, que figurou como um dos intermediários entre a Câmara e a empresa Planan, dos Vedoin. Também alega que, por não ter nada a temer, liberou a quebra do sigilo bancário. A ex-parlamentar seria beneficiária de R$ 84 mil, pagos por intermédio de um assessor, o Sabaraense.

Financiamento

Ao deixar o prédio da Justiça Federal, em Cuiabá, nesta quarta no final da tarde, Teté afirmou que “o processo não está ligado às acusações de que a sua campanha eleitoral de 2002 também teria repasses feitos pelos líderes do esquema”, no valor de quase R$ 200 mil. O dinheiro teria sido entregue ao marido de Teté, o deputado federal Carlos Bezerra. Ela não quis comentar as acusações. “As questões (depoimento) são pontuais e não falam em patrocínio de campanha”, se limitou a dizer.

Teté é acusada dos crimes de formação de quadrilha e corrupção passiva. O MPF denunciou a ex-deputada federal após ela ter sido inocentada pelo Conselho de Ética da Câmara no ano passado. O procurador Gustavo de Carvalho Fonseca declarou, ao fim do depoimento, que o processo está no início e que Teté respondeu a todos os questionamentos. Segundo ele, a ex-parlamentar deve arrolar testemunhas.





Fonte: RD News

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