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Meio Ambiente
Terça - 29 de Janeiro de 2008 às 16:57
Por: Pollyana Araújo

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Blairo Maggi disse nesta terça, em entrevista coletiva, que não vai aumentar "um tostão", além dos R$ 53 milhões já previstos no orçamento da secretaria de Meio Ambiente para este ano. Segundo o governador, deve haver uma reestruturação na pasta, mas utilizando o mesmo volume de recursos já existentes. Para o governador o acréscimo de R$ 15 milhões na Lei Orçamentária Anual-2008 terá de ser suficiente para essas mudanças.

Maggi adianta que não vai levar em consideração algumas sugestões da CPI da Sema, entre elas a de que seriam necessários mais recursos à pasta. "Se a CPI (da Sema) me convencer de onde tem que tirar mais, eu dou mais (recursos). O problema é que o cobertor do Estado é curto. Se cobrir a cabeça vai faltar no pé", explica. Em relatório final, a CPI apresentou 85 sugestões. De acordo com o governador, essa reestruturação da secretaria estará voltada praticamente para a adequação do fluxo de documentos.

Maggi se reuniu com os servidores da Sema e ouviu reclamações e críticas. Ele observa que o planejamento para mudanças ficará a cargo dos próprios servidores. "Em 30 dias eles vão nos apresentar uma proposta, daí vamos avaliar e vamos ver se aceitamos ou não". Também será elaborado um novo organograma da secretaria com vistas a ser dar mais agilidade nos trâmites processuais.

Como parte da reestruturação, a Sema coloca em discussão os 364 cargos DAS (sem concurso público). Destes, 150 são agentes florestais, que atuam em vários municípios. Outros 214 são lotados como DAS, nos chamados cargos de confiança.

Desmatamento

O governador alega que 80% dos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estão incorretos. Argumenta que esse número está defasado."Lançaram os números e nós verificamos e constamos que estão errados. Eu não aceito e ponto". Maggi contesta e diz que o Estado não pode ser crucificado dessa forma. "Falei para a ministra do Meio Ambiente Marina Silva que na primeira oportunidade que tiveram de colocar Mato Grosso na cruz colocaram e deram os pregos para todo mundo colocar na nossa mão".

Por outro lado, Maggi diz que não tem medo de uma suposta penalização por parte do governo federal. "Se em determinado momento ele (governo federal) colocar uma trava e dizer assim: não vou dar licenciamento, nós vamos obedecer, agora que seja algo errado. Não venha penalizar alguém que não tenha culpa".

Maggi observa que conversou com alguns prefeitos dos municípios campeões em desmatamento e conclui que, de fato, não ocorreram aumento no percentual de desmatamento. "Quando o desmatamento cai é o governo federal que conseguiu reduzir. Quando ele aumenta é o boi é a soja. É como se ele (governo federal) não tivesse nada a ver com a história", avalia Maggi, para quem o problema não é exclusivamente do Estado.





Fonte: RD News

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