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Politica Brasil
Terça - 29 de Janeiro de 2008 às 10:43
Por: Odilon Rios/Direto de Maceió

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O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Coaracy Fonseca, ingressou, na tarde desta segunda-feira, com uma ação na Justiça comum estadual, pedindo o afastamento dos 10 deputados estaduais suspeitos em desvio de R$ 200 milhões da folha de pagamento da Assembléia Legislativa de Alagoas. Além disso, Fonseca quer a destituição dos deputados que integram a Mesa Diretora, entre eles o presidente da Assembléia, deputado Antônio Albuquerque (DEM). Ele é suspeito de chefiar o esquema.

"Entrei com a ação nesta tarde. Vamos aguardar os prazos. O tempo quem define é a Justiça", avaliou o procurador.

Além de Albuquerque, foram indiciados por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, Cícero Amélio, Manoel Gomes de Barros Filho (Nelito), Edival Gaia, Maurício Tavares, Dudu Albuquerque, Arthur Lira, Antônio Hollanda Júnior, Cícero Ferro e Isnaldo Bulhões Júnior.

Na representação criminal da Polícia Federal, que investigou os deputados suspeitos no desvio de dinheiro público, mostra-se que o deputado Cícero Amélio (PMN), um dos integrantes do esquema, possui bom trânsito no Tribunal de Justiça, possivelmente o órgão julgador da ação do MP alagoano. Amélio é cunhado do desembargador Orlando Manso, também ex-presidente do TJ e irmão da juíza Maria Ester Manso, casada com o ex-presidente.

Em gravações da policia, outro desembargador, James Magalhães, aparece pedindo emprego para o cunhado na Assembléia ao parlamentar. Em conversa com a imprensa, Magalhães não comentou as acusações e disse que conversou com o presidente do TJ, desembargador José Hollanda Ferreira.

O pedido de afastamento dos deputados é a segunda ação contra eles, em menos de um mês. A primeira foi protocolada em Recife, no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que julga crimes de autoridades com foro privilegiado, por 50 entidades da sociedade civil organizada, entre elas a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB-AL).





Fonte: Redação Terra

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