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Meio Ambiente
Sábado - 26 de Janeiro de 2008 às 15:22
Por: Simone Alves

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Blairo Maggi, um gaúcho-paranaense que se tornou o maior produtor individual de soja do mundo explorando o solo mato-grossense e chegou ao posto de governador, volta a viver inferno astral por causa do meio ambiente e, desta vez, com a contribuição do primo, o empresário Eraí Maggi. O governador voltou de Bali, na Indonésia, quase um ambientalista. Lá, defendeu que Mato Grosso serve de exemplo quanto às medidas para se proteger o meio ambiente.

Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, no mês passado, o rei da soja proferiu palestra intitulada “Mato Grosso Sustentável”. Apresentou alternativas para aliar desenvolvimento a práticas de sustentação e preservação. De volta ao solo mato-grossense, o governador afirmou que as propostas foram muito bem recebidas e aplaudidas pelo governo brasileiro e por representantes de outros países, principalmente porque o Estado vinha reduzindo consideravelmente os índices de desmatamento.

Mas a estratégia de promover um Mato Grosso que produz e preserva ao mesmo tempo veio à deriva com a divulgação de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Ambientais (Inpe) de que o Estado é o que mais desmatou em 2007 e que a devastação continua crescendo a passos largos. A pesquisa desconsertou Maggi, que volta a viver o inferno astral do primeiro mandato, quando chegou a ser "premiado" com "Motoserra de Ouro".

O governo está sendo traído pelos próprios números que utiliza para prestar contas à sociedade e às Ongs que cobram compromissos com o meio ambiente. Assim, MT, maior produtor nacional de soja e de algodão e primeiro também em rebanho bovino, explode também na devastação da Amazônia, o que cai por terra a missão de preservação ambiental e de redução da emissão de gases tóxicos que alteram o clima mundial.

Não bastasse isso, Blairo Maggi, traído pelos agricultores, também vê acumular sobre os ombros o respingo negativo da acusação contra o primo Eraí Maggi, do Grupo Bom Futuro. Eraí foi acusado pelo Ministério Público do Trabalho de manter em suas propriedades trabalhadores em regime degradante, análogo à condição de escravos.





Fonte: RD News

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