Spinelli segue passos de Júlio e deve sair candidato em Chapada
Ao deixar o cargo, Ubiratan se mostrava convicto do que queria. Mas, pelo visto, não resistiu “meia hora” de uma vida entre bois, bezerros, vacas, rancho, etc. Na cidade, nos bastidores, não se fala em outra coisa a não ser na possibilidade de Spinelli ingressar no Partido dos Democratas e acabar sendo o nome para dirigir Chapada dos Guimarães com seus encantos e mistérios. Cidade que disputa com Cuiabá a condição de ser o centro geodésico da América Latina, Chapada é considerada “um paraíso no meio do cerrado”. Em seus 6.249,44 km² concentram-se tribos para todos os gostos.
Mas a questão é fundamentalmente política. A cidade é administrada pelo prefeitoGilberto Mello, do Partido da República – o mesmo do governador Blairo Maggi. Consequentemente, Mello conta com o apoio do chefe do Executivo – o que, se confirmada a candidatura de Spinelli pelo DEM, pode haver uma disputa bem acirrada no processo sucessório. Trabalham ainda para entrarem na disputa eleitoral: o professor Ladebrair (PT); Flávio Dantro (PP); Elias Santos (PMDB); e Ricardo Sarmento (PPS).
Com a possível entrada de Ubiratan Spinelli, alguns partidos, em reflexo do fato, iniciaram conversas na cidade para abraçar somente uma candidatura, como foi o caso do PT, PMDB e PPS. Ttodavia essa possibilidade parece ser cada vez mais remota, já que alguns desses pré-candidatos demonstram dificuldades em estabelecer o apoio entre si. “Desta forma, caso ocorra a inclusão do nome de Spinelli no páreo pela Prefeitura, as conversações tomarão outro rumo e aquecerão após as festividades do Carnaval” – disse uma alta fonte política ligada ao processo eleitoral na cidade.
Apesar de não assumir publicamente a candidatura, Ubiratan foi sondado pelos Democratas para a disputa eleitoral e existe um forte apelo partidário para ele disputar as eleições. A questão, porém, não prosperou por causa de questões afetas ao prazo de filiação partidária e também de domicílio eleitoral. Pessoas próximas do badalado ex-conselheiro confirmam que o interesse dos democratas “inflou” o ego do velho político. E nem seria diferente. Antes de ser conselheiro, Tonzinho foi militante ferrenho do PDS por mais de 18 anos. Pelo PDS ganhou notabilidade e chegou inclusive a dirigir a sigla no Estado. Amigo de Paulo Maluf, foi fiel até a derrota no Colégio Eleitoral do Congresso.
Durante o período em que esteve usando a toga de conselheiro do TCE, várias foram as vezes em que Ubiratan foi flagrado dando “pitacos” em questões políticas. Chegou a ser repreendido por causa do seu comportamento pelo então conselheiro Oscar Ribeiro, seu amigo pessoal, hoje presidente do DEM no Estado e o homem que vem trabalhando e estudando a hipótese de fazê-lo candidato a prefeito. Certamente, Ubiratan não vai perder a oportunidade. Os bois e vacas poderão ter que esperar um pouco mais.
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