Lutero evita intimação do TRE e pode se licenciar
Lutero está no Rio. Curte férias com a família na praia de Ipanema. Ele buscará todos os meios para não ser cassado e trabalha projeto à reeleição. Nem parece que se encontra no olho do furacão. Viu sua situação política e jurídica se complicar a partir da rejeição pelo Tribunal de Contas do balancete de 2006 da antecessora Chica Nunes, hoje deputada estadual cassada por compra de votos. Chica está no cargo ainda porque conseguiu uma liminar no TSE.
Como era o primeiro-secretário da Mesa Diretora na gestão Chica, Lutero acabou incluído como co-responsável por uma série de irregularidades. Acusações de compras superfaturadas e de utilização de notas frias foram parar no Ministério Público.
Quando o presidente da Câmara tentava se recuperar do desgate devido à reprovação das contas, eis que o quinto suplente da coligação Trabalho e Progresso (PP/PTB), Ali Veggi Átala, ingressa com pedido de cassação do seu mandato por infidelidade partidária. Ocorre que Lutero, eleito pelo PP com 3.520 votos, mudou para o PMDB após 27 de março, data a partir da qual começou a valer a regra pró-fidelidade do TSE. Agora, ele está entre os 476 que correm risco de perder o mandato. Vários foram intimados pelo TRE e já apresentaram defesa.
Lutero Ponce, que controla um duodécimo de R$ 1,6 milhão mensal, adotou estratégia diferente. Vai tentar postergar ao máximo o processo. Para isso, foge do oficial de Justiça, que já o procurou por três vezes na Câmara Municipal e não o localizou. O presidente do legislativo cuiabano nem participou das últimas duas sessões do ano passado para não correr o risco de ser notificado.
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