Edison Lobão assume hoje Minas e Energia
Lobão chega ao ministério tendo pela frente a possibilidade de uma crise energética e cede o mandato de senador ao filho Edison Lobão Filho, envolto numa série de suspeitas, a principal delas a de que teria supostamente usado "laranjas" numa empresa, com o objetivo de sonegar Imposto de Renda.
Edinho pertence ao DEM, partido de onde o pai, agora ministro, saiu em setembro do ano passado, quando foi para o PMDB e formalmente aderiu ao governo de Lula. O DEM pressiona Edinho a também sair, não pelas acusações que pesam contra ele, mas pela possibilidade de que venha a votar com o governo, visto que o pai é, a partir de hoje, auxiliar de Lula. Lobão, o ministro, aconselhou o filho a tomar posse e a se licenciar, para que possa responder às acusações contra ele sem usar a imunidade parlamentar que a Constituição dá aos congressistas.
MINISTÉRIOS DO PMDB
Além do Ministério de Minas e Energia, o PMDB comanda os ministérios da Integração Nacional, entregue ao deputado Geddel Vieira Lima (BA), ex-desafeto de Lula, Agricultura, Saúde e Comunicações. Detém ainda o Ministério da Defesa, com Nelson Jobim, ex-deputado, ex-ministro da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, por suas características apartidárias, o PMDB não considera que a Defesa seja de sua cota no governo.
A ida de Lobão para o ministério deu mais poderes ao senador José Sarney (PMDB-AP), aliado de Lula desde 2002, quando aderiu ao petista ainda durante a campanha presidencial. Foi Sarney quem conseguiu transformar Lobão em ministro. A senadora Roseana Sarney (MA), que também saiu do DEM para entrar no PMDB, é a atual líder do governo no Congresso. Roseana é filha de Sarney, que luta ainda para levar para a presidência da Eletrobrás seu afilhado Astrogildo Quental.
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