Governador descarta Cidinho e posterga trocas

O governador Blairo Maggi (PR) descartou a possibilidade do presidente da AMM, José Aparecido dos Santos, o Cidinho (DEM), vir a assumir a secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia, apesar de tê-lo sondado, assegura que continua mexendo as peças do tabuleiro, numa alusão às mudanças do primeiro escalão, e revela que as definições não devem ser concretizadas esta semana. Serão postergadas para a véspera do Carnaval.

"Tudo continua embaralhado. Antes do Carnaval eu decido fazer as mudanças completas. Posso ampliar (a reforma do secretariado) ou posso mexer menos. Preciso maturar mais", destacou Maggi. Ressalta que está avaliando perfil, currículos e conversando muito (sobre os nomes que deseja tê-los no staff).

Perguntado se havia convidado Cidinho, presidente pelo segundo mandato da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), para ocupar o lugar do secretário Alexandre Furlan, que deixa a Indústria no final do mês, o governador comenta que, de fato, teve uma conversa com o dirigente municipalista, mas no sentido deste assumir o programa MT Regional. "Ele (Cidinho) disse que não teria condições e eu até entendi porque ele está envolvido com projetos grandes, além de ter de tocar a Prefeitura de Nova Marilândia e a AMM". Houve uma proposta de juntar o MT Regional na Sicme, mas nada se avançou nesse sentido. "São coisas diferentes", pondera Maggi. O convite a Cidinho seria para assumir a pasta de Projetos Estratégicos.

O governador vai mudar o comando das secretarias de Fazenda, Cultura, Indústria, Comércio, Minas e Energia, Turismo, Projetos Estratégicos e Esporte e Lazer. Ele mantém mistério sobre os futuros integrantes do primeiro escalão. Nos bastidores, porém, o quadro começa a "clarear". Paulo Pitaluga, por exemplo, é cotado para suceder João Carlos Vicente Ferreira na Cultura. Na Fazenda, as articulações apontam para o nome de Éder de Moraes, presidente da MT Fomento. Pedro Nadaf se transformou numa incógnita. Pode permanecer secretário do Desenvolvimento do Turismo ou ser remanejado à Sicme ou até mesmo deixar a administração.

Maggi diz aguardar um posicionamento do PMDB

O governador afirma que ainda continua aguarando posição do PMDB quanto a ter participação no quadro de secretariado. Escalou o seu vice Silval Barbosa, um dos líderes do partido, para buscar uma negociação com a direção estadual. No caso do Turismo, o presidente estadual, deputado Carlos Bezerra, já mandou avisar que não aceita e ainda endureceu o discurso em defesa da independência do partido sobre a gestão Maggi.

"Eu pedi para o Silval conversar com o PMDB para a gente compor. Agora, onde e como vamos discutir isso é mais pra frente para decidir. O Silval ficou de me dar uma resposta e estou aguardando", pondera Blairo Maggi. Ele observa que existe preocupação do PMDB quanto às eleições municipais deste ano, como no caso do enfrentamento em Rondonópolis, onde o prefeito Adilton Sachetti (PR), com apoio do próprio Maggi, vai à reeleição, tendo como principal adversário o peemedebista e deputado Zé do Pátio.

"Essa questão das eleições não é relevante para mim na composição do governo. Cada coisa tem seu tempo. Não pode ter uma vinculação de uma coisa com a outra. Se o PMDB quiser compor, pode vir sem essa preocupação com as eleições de 2008". O governador disse que gosta de fazer política com liberdade. "Não temos o direito de chegar num município e empurrar goela abaixo candidatura porque não sabemos da realidade local, dos compromissos. Não vivemos e convivemos lá".