Maggi oferece cargo ao PMDB para “bloquear” Santos e Pátio
Em nome de uma reeleição sem maiores problemas, Santos vinha fazendo esforços para tentar atrair o PMDB para sua administração. Articuladores do prefeito admitiram que Wilson vinha procurando canais de conversações. Como o partido perdeu seu único candidato, o deputado Walter Rabello, que se transferiu para o PP, havia uma brecha para negociar tanto para o presente como para o futuro. Contudo, enfrentava fortes resistência no Diretório Municipal, liderado pelo vereador Domingos Sávio. Se bem que, dentro do PMDB, com as lideranças que têm, isso não seria problema.
Com o Governo, porém, a situação fica mais fácil. Pelo menos aparentemente. O partido, em tese, já tem um cargo de relevância, que é o vice Silval Barbosa, em vias de assumir, no caso, acumular a Secretaria de Assuntos Estratégicos – o que o tornaria um dos homens mais poderosos do Governo. No ano passado, o partido esteve em vias de indicar o secretário de Infra-Estrutura e depois o de Indústria, Comércio e Mineração: acabou não levando pela “fome de cargos”, já que queria a secretaria de “porteira fechada”, fato que Maggi não teria concordado.
Há, por outro lado, “efeitos colaterais”. E grandes! O deputado José Carlos do Pátio, que nasceu na política pelas mãos de Carlos Bezerra, deverá oferecer resistências. Muito simples: o parlamentar estadual é um dos nomes mais cotados para ser candidato do partido a prefeito da cidade. Justamente em oposição a Adilton Sachetti, do Partido da República, liderado por Maggi. Com uma agravante: Sachetti é amigo pessoal do governador, que “banca” o mega-empresário rural nos meios políticos. Com o PMDB no Governo, haveria um travamento do processo.
Em Rondonópolis, em verdade, a situação é mais crítica porque o PMDB, com a segunda maior bancada na Câmara Municipal, deverá continuar com a postura de oposição. “Vamos cobrar o que estiver errado e, dependendo do caso, vamos até o Ministério Público, se não tivermos respaldo na Câmara” - avisou a vereadora Mariúva Valentin Chaves, líder da sigla no Legislativo. “Se percebemos que o projeto será bom para a cidade vamos votar, se for ao contrário não vamos, posso dizer que vamos fazer uma oposição com ética”, afirmou a vereadora.
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