Secretaria da Educação de SP rebate críticas do presidente da Apeoesp

A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo enviou uma nota no início da noite desta quarta-feira (16) na qual rebate as críticas feitas pelo professor Carlos Ramiro de Castro, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), sobre os recursos liberados para a campanha "Mutirão Trato na Escola".

O presidente da Apeoesp afirmou ao G1 que as verbas do mutirão e de manutenção das escolas que o governo repassa bimestralmente são insuficientes para manter a escola em bom estado. De acordo com a secretaria, o repasse enviado bimestralmente segue a necessidade de cada unidade e, além deste repasse, a pasta envia recursos para reformas e ampliações.

Segundo a secretaria, em 2007 foram repassados cerca de R$ 550 milhões às escolas estaduais para reformas, ampliações e adequações.

A nota também diz que o presidente do sindicato não considerou o envio de R$ 65,3 milhões a 303 escolas estaduais feito na semana passada para reformas como troca de telhado, troca de piso e reforma de rede elétrica. A secretaria ressalta que a verba do mutirão é para pequenos reparos.

Castro também afirmou que aconteceram acidentes graves com alunos por causa da falta de manutenção e que "em um dos casos uma criança morreu porque o muro da escola caiu sobre ela". Segundo a secretaria, não há registro de morte acidental na rede estadual no último ano.

Nessa quarta, a secretaria anunciou a liberação de cerca de R$ 37 milhões para as escolas estaduais investirem em jardinagem, pintura, pequenos reparos e limpeza antes da volta às aulas. O repasse significa uma verba de R$ 7.000 para cada escola estadual.

O dinheiro será repassado para as Associações de Pais e Mestres (APM) de cada escola, que deverá convidar a comunidade, empresas e ONGs para a realizar o trabalho voluntariamente. O principal objetivo do projeto, segundo a secretaria, é mobilizar a população, que deverá procurar diretamente uma escola para ajudar.