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Saúde
Quarta - 16 de Janeiro de 2008 às 17:02
Por: Cida Capelassi

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Ministério diz que Mato Grosso tem um histórico de cobertura vacinal de 115, 95, % e população deve continuar calma, pois vai haver vacina disponível durante todo o ano O secretário-adjunto de Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Victor Rodrigues, em coletiva à imprensa, prestou esclarecimentos sobre a situação da Febre Amarela no Estado e a posição do Ministério da Saúde quanto a dispensação de vacinas para Mato Grosso.

O secretário-adjunto, Victor Rodrigues, disse que foram pedidas ao Ministério da Saúde (MS) 100 mil doses de vacina no dia 09 de Janeiro deste ano, sexta-feira. Desse pedido a SES recebeu 50 mil doses no dia seguinte, informando o Ministério que uma definição quanto ao atendimento do restante desse pedido (as outras 50 mil doses) será definida na próxima sexta-feira (18/01).

Na última sexta-feira (11/01) o Estado protocolou, junto ao Ministério da Saúde, um novo pedido, desta feita de 300 mil doses de vacina. Na resposta à Mato Grosso o Ministério da Saúde disse que não tem, ainda, uma posição oficial quanto à dispensação desse pedido de 300 mil doses, alegando que, neste momento, a prioridade são os Estados da Federação que apresentam casos comprovados da doença, a exemplo de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. O repasse das 300 mil doses vai depender da ampliação da produção de doses extras por parte da Fundação Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz).

Em decorrência da situação o Ministério da Saúde, em consonância com seu Comitê de Peritos Externos em Febre Amarela, verificada a situação epidemiológica atual do Estado, elencou que não há risco de epidemia e nem risco da reurbanização da doença, visto que Mato Grosso tem um histórico de cobertura vacinal de 115, 95%.

A vacina da Febre Amarela faz parte do Calendário Vacinal de rotina e é disponibilizada em todas as unidades básicas de saúde, durante todo o ano, no Estado. A população deve ter calma, pois vai haver vacina disponível durante todo o ano. Mato Grosso ainda não recebeu as vacinas e na mesma situação se encontram em outros Estados da Federação, uma vez que o Ministério da saúde priorizou os Estados com casos confirmados.

Segundo o secretário-adjunto, Victor Rodrigues, o estoque do Estado está zerado, porém alguns municípios ainda possuem a vacina ao passo que outros já utilizaram todas as suas doses. Na distribuição de doses excedentes o Estado priorizou os municípios em áreas de risco (floresta), em região de fronteira, região de divisas com outros Estados.

Já a cidade mato-grossense de Barra do Garças foi incluída na lista de municípios prioritários em virtude de um caso notificado como suspeito, de uma paciente de 22 anos, residente no município e que visitou o Estado de Goiás (área de risco). A paciente recebeu alta, tem histórico de vacina e sua sorologia foi encaminhada para o Instituto Evandro Chagas, em Belém, que é o laboratório referência para Mato Grosso.

O representante da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, Wagner Simplício, disse que “o importante é que a população entenda que não há motivo para pânico, mantendo a calma. A preocupação é garantir a imunização de crianças maiores de nove meses e pessoas que vão viajar para áreas de risco, desde que não tenham sido vacinadas ainda, lembrando que a vacina tem um prazo de 10 dias para fazer efeito”.

Houve incremento de dispensação vacinas para Cuiabá e Várzea Grande. Cuiabá por se tratar da capital do Estado e, Várzea Grande, por abrigar o aeroporto Marechal Rondon.

Por recomendação do Ministério da Saúde em virtude do consumo aumentado das vacinas, o momento é de realizar triagem criteriosa para a vacinação priorizando crianças após seis meses de vida, pessoas que realmente vão viajar para áreas de risco não vacinadas e/ou vacinadas há mais de 10 anos.

Só para se ter uma idéia do aumento do consumo: Cuiabá consumiu mais de 26 mil doses nos últimos seis dias, número esse superior à vacinação realizada regularmente no mês que é de cinco mil doses. Rondonópolis gastou outras 18 mil doses, no mesmo período, quando o repasse mensal é de oito mil doses. Várzea Grande gastou, em uma semana, em torno de 6.500 doses quando o gasto mensal é de duas mil doses.

OCORRÊNCIAS DE EPIZOOTIAS 2008 – A Secretaria de Estado de Saúde tem relatos de ocorrência de morte de macacos nos municípios de Poxoréo, Nova Guarita, Terra Nova do Norte e, recentemente, em Alta Floresta. Nesses municípios o Estado vacinou as pessoas nos locais das ocorrências, e em torno, além de fornecer orientações, além de fornecimento de número de telefones para, informação de ocorrência, ou não, de novas mortes ou macacos doentes. Em Julho de 2007, no município de Juara, na comunidade de Jaú, também foram registradas epizootias, notificadas pela Secretaria Municipal de Saúde.

DADOS DE MATO GROSSO – De 1992 a 2006 o Estado de Mato Grosso apresentou 22 casos de Febre Amarela sendo que 13 destes casos evoluíram para óbito e nove obtiveram a cura. Em 2007 o Estado não apresentou nenhum caso da doença. “Esses dados dizem respeito à febre amarela em sua forma silvestre. Mato Grosso não apresenta um caso sequer de febre amarela, na sua forma urbana, desde 1942”, explicou Victor Rodrigues.





Fonte: SES-MT

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