PMDB quer controlar Minas e Energia e enfraquecer Dilma
Com o Ministério de Minas e Energia de volta a seu domínio e a promessa de nomear os presidentes da Eletrobras e da Eletronorte, o PMDB já mira novos cargos do setor. Segundo reportagem da Folha deste sábado, a ampliação de seu espaço em um ministério com forte presença petista atende ainda a um objetivo inconfesso da sigla: diminuir a influência da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na pasta.
A ministra, que já comandou o ministério, tem negociado diretamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a manutenção de sua influência e quer participar da escolha do secretário-executivo --segundo nome da pasta.
Reportagem da Folha de ontem mostrou que são pelo menos 30 petistas em cargos-chave, incluindo secretarias especiais, diretorias de estatais e a coordenação do principal programa social do setor, o Luz para Todos.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), se apressou em dizer que não haverá preenchimento automático de todos os cargos por peemedebistas.
Na última quinta-feira, Lula aceitou o nome do senador Edison Lobão para a pasta e a formalização da nomeação deverá ocorrer na próxima quarta-feira --depois que Lula retornar das viagens à Guatemala e a Cuba.
Confirmado no cargo, Lobão, até o final do mês, deve nomear o peemedebista Astrogildo Quental para a presidência da Eletrobras no lugar do petista Valter Cardeal, seguidor de Dilma. Ela pediu que Cardeal permaneça na estatal.
A presidência da Eletronorte ficará com o grupo do deputado Jader Barbalho (PA). O favorito é o diretor do Detran-PA, Lívio Assis. As indicações nem foram formalizadas e o PMDB já está de olho em mais três cargos.
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