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Politica Brasil
Sexta - 11 de Janeiro de 2008 às 19:00

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BRASÍLIA - O PMDB conseguiu a nomeação do senador Edison Lobão (PMDB-MA) para o Ministério de Minas e Energia, mas não terá autonomia em nomear afilhados políticos na direção das principais e cobiçadas estatais do setor de energia. A entrega da pasta no sistema "porteira fechada", com todos os cargos distribuídos ao partido, foi vetado pela chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que defendeu a ocupação das funções estratégicas por técnicos ligados ao PT - e a ela, principalmente.

O esvaziamento da pasta foi confirmada hoje por líderes peemedebistas, um dia depois de a legenda levar o nome de Lobão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao destacar que a verticalização, regra pela qual a sigla assume todos os postos de comando do ministério, não é comum no governo, embora a filiação partidária seja um dos critérios nas indicações.

"Temos um governo de coalizão e a verticalização do ministério não é a política do governo", afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para quem, depois da posse, o senador do PMDB do Maranhão estará envolvido no preenchimento das funções vagas. "Não existe nenhum ministério de porteira fechada", insistiu. "Os cargos que estiverem ocupados não serão mudados, pois não estamos num novo governo", disse Jucá, ao destacar a importância de não haver interrupção no setor.

Cauteloso, ele pediu calma nas nomeações para vagas vinculadas ao setor energético, mesmo porque se trata de uma área sensível e estratégica. Na mesma linha, o líder da agremiação na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que Lobão fará uma avaliação criteriosa das indicações Lula, responsável pelas nomeações. "Com certeza, Lobão terá todo o cuidado nessa questão", afirmou Alves, ao acreditar que, além das reivindicações partidárias, ele respeitará o perfil técnico.

Influência

O líder do PMDB na Câmara lembrou que estatais como as Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás) e do Norte do Brasil (Eletronorte) e Furnas Centrais Elétricas sempre estiveram sob o comando de funcionários ligados ao partido, enquanto a Petrobras se tornou um reduto do PT na gestão Lula. Alves afirmou crer que, mesmo que não venha a montar o ministério, o senador do PMDB terá influência. "Não vai haver brigas. Estamos passando por um momento difícil no setor e tudo passará pelo crivo do novo ministro", afirmou.




Fonte: AE

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