Verinha, de opositora à aliada do governo Maggi
O posicionamento da professora petista Vera Araújo na vida pública espelha bem a classe política. A cada pleito, quase todos traem o discurso ou caem em contradição, o que leva ao descrédito. Ex-vereadora por Cuiabá, Verinha deu um salto na vida pública. Em 2002 ela se elegeu deputada com 16.193 votos. Na Assembléia, marcou posição contra o governo Blairo Maggi. Em quase todas as sessões, ela subia à tribuna para detonar a gestão do "rei da soja".
Em 2006, Verinha tentou a recondução ao cargo. Foi derrotada nas urnas. Teve 17.158 votos. Acabou engolida pelos dois eleitos (Ságuas Moraes e Ademir Brunetto) e pelo primeiro suplente e hoje deputado Alexandre Cesar. Sem cargo eletivo, ela passou a se empenhar para levar o PT aos braços do governo Maggi. Conseguiu. Na primeira oportunidade, eis que Verinha passa a compor o segundo escalão de um governo que tanto "surrou". Agora, integra a "turma da botina" e tenta apagar da memória do eleitor o discurso do passado.
Para revivar na memória o que dizia a petista, vale um reprise do que Verinha declarou no horário eleitoral da campanha de 2006, quando buscava à reeleição. Assim, ela estréia a série que o RDNews passa a exibir três vezes na semana o "Vale a Pena Recordar".
Nessa participação no horário eleitoral, Verinha critica a administração Maggi e afirma, por exemplo, ser necessária continuar na AL para cobrar do Executivo R$ 150 milhões que deveriam ser repassados à saúde e à educação.
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