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Politica Brasil
Sexta - 11 de Janeiro de 2008 às 08:06

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Blairo Maggi já está com a imagem rotulada de político, condição que, mesmo já no sexto ano na cadeira de governador, vinha resistindo. Além disso, não cumpriu a maioria das promessas ainda do primeiro mandato. Ele queria ser diferente daqueles tradicionais e caciques da vida pública, como os senadores Jaime Campos e Jonas Pinheiro, o deputado federal Carlos Bezerra e o deputado estadual José Riva. No primeiro mandato, Maggi, oriundo da iniciativa privada, se manteve firme com o propósito de fazer valer o perfil mais técnico.

Com o projeto à reeleição, abriu concessões no governo para partidos que até então encontravam a porta do Palácio Paiaguás fechada, tudo para não perder aliados. Manteve os cargos para o DEM (ex-PFL), PTB, PDT, PMDB e para vários nanicos, além de dar mais espaço para o PP e cooptar o PT. Foi o bastante para calar a já fraca oposição. Hoje, o governo parece unanimidade na Assembléia. Alguns deputados, como Zé do Pátio (PMDB) e o ex-governista de carteirinha Percival Muniz, chegam a ensaiar barulho, mas logo recua.

Apesar de não ter cumprido várias promessas em palanque desde a campanha para o primeiro mandato, em 2002, Maggi mantém a popularidade em alta e leva vantagem em alguns setores quando comparado a gestões anteriores. Um das razões deve ser o fato de não enfrentar oposição, que entrou em processo fraticidade após duas derrotas seguidas, todas com o ex-senador Antero de Barros (PSDB) e de cooptar o então barulhento PT.

Isentar de ICMS todos os produtos que compõem a cesta básica foi uma das promessas bastante difundidas pelo "rei da soja". Só contemplou, porém, quatro itens. Maggi cobra redução da carga tributária do governo federal, mas, quando é cobrado na mesma linha apresenta uma série de argumentos para não cumprir a promessa. Garantiu por exemplo que, se eleito governador, reduziria a alíquota de ICMS sobre energia elétrica e telefonia. Hoje nem toca mais no assunto.

Também havia se comprometido a repassar 50% dos recursos do Fundo Estado de Transporte e Habitação (Fethab) para os municípios. De novo, recuou, principalmente por não ser mais cobrado, nem pelos prefeitos. A reforma administrativa chegou a avançar, mas na teoria. Um estudo foi concluído, prevendo extinção de algumas pastas e fusões de outras, além do fim de alguns órgãos da máquina estatal. Nada saiu do papel. A tal reforma sistêmica, minireforma para enxugar a máquina, enfrenta embate jurídico.

O governador só conseguiu avançar em duas áreas, principalmente no primeiro mandato: habitação e transportes.





Fonte: RD News

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