Blairo Maggi deixará presidência do PR

A executiva regional do Partido da República (PR) irá definir, na reunião marcada para o próximo dia 21, o novo presidente da legenda em Mato Grosso, em substituição ao governador Blairo Maggi que irá se licenciar do cargo. A decisão do chefe do executivo estadual ainda não foi comunicada oficialmente aos membros do partido, mas já foi discutida com os deputados federais Wellington Fagundes e Homero Pereira, além do diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot.

Blairo Maggi pretende se afastar da presidência do PR por entender que não terá tempo para participar do processo eleitoral deste ano e também em razão da sua decisão em dedicar mais ao projeto nacional. "O governador não vai ter como conciliar as duas funções e, por isso, optou em se afastar da presidência", informou um membro da executiva.

A sucessão de Maggi no PR deverá ser disputada entre Homero Pereira e o secretário Extraordinário, Moisés Sachetti. Convidado para assumir a Secretaria Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), Sachetti, após recusar o convite, comunicou o governador a sua intenção de trabalhar este ano mais a questão partidária. "Convidei ele para assumir uma Secretaria com estrutura, mas o Sachetti me disse que pretendia mexer com o partido, ajudando no processo das eleições municipais", revelou Maggi.

Segundo ele, no final do ano, Sachetti poderá assumir uma secretaria. "Quando chegar o momento, vamos estudar e ver onde iremos aproveitá-lo", enfatizou. E, através da sua amizade com Blairo Maggi, Moisés Sachetti trabalha para ser o comandante do PR de Mato Grosso e vem, nos bastidores, se articulando para ser indicado para a presidência da legenda.

Ele acredita que, ao recusar a Sedtur, que era seu sonho, irá se fortalecer no processo e, aliado ao fato de ser da "cozinha" da turma da botina, será guindado a comandar o partido, caso Maggi mantenha a sua decisão de se licenciar da presidência. Já Homero Pereira trabalha de forma mais discreta não expondo claramente a sua intenção. No entanto, tem dito que, se for uma decisão da executiva, não recusará comandar o PR em Mato Grosso.