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Ciência/Pesquisa
Terça - 17 de Dezembro de 2013 às 21:33

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Marlon Tavoni/EPTV
Película desenvolvida em São Carlos favorece a cicatrização de feridas
Película desenvolvida em São Carlos favorece a cicatrização de feridas
Um pesquisador de São Carlos (SP) desenvolveu uma película usada em curativos que barateia o tratamento do pé diabético em até 90%. A Santa Casa já usa a tecnologia com sucesso em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e até nos que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).


 
A membrana, que foi criada pelo professor aposentado Pierre Basmaje é produzida a partir do chá verde e se mostrou eficaz no tratamento de feridas. Ela pode reduzir em até três vezes o período de cicatrização.


 
Os ferimentos de uma pessoa com diabetes demoram a cicatrizar, porque a presença do açúcar faz com que o fluxo do sangue se torne menor que o normal. Com isso, a pele recebe menos nutrientes e não consegue se recuperar. A película acelera a cicatrização por causa de uma proteína do chá verde que alimenta as células da pele e permite uma recuperação rápida.


 
Há um ano, o professor aposentado recebeu o certificado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é comercializado em todo o Brasil. A nova tecnologia já foi usada em muitos pacientes. “Acho que 2 mil pacientes já foram beneficiados com o uso da membrana gratuitamente. Estamos indo para a área da medicina regenerativa, usando a membrana como plataforma para carrear o remédio”, afirmou Basmaje.


 
Segundo o pesquisador, além dos inúmeros benefícios do chá verde para a saúde, a planta de origem indiana tem baixo custo, o que deixa o produto ainda mais acessível. “Um tratamento do pé diabético pode levar um ano, dois anos, com custo, envolvendo médico e leito. A membrana não chega a 10% do tratamento tradicional”, explicou.


 
Santa Casa


 
No ano passado, a Santa Casa de São Carlos começou a usar o curativo natural. Pacientes com feridas causadas por diabetes, escaras e acidentes já recebem a nova técnica que acelera a recuperação. “As lesões de pele têm evoluído muito bem, tem cicatrizado muito rapidamente. Os pacientes acabam tendo menos dor e há um aspecto muito melhor, com menos infecção, então o resultado tem sido bastante positivo”, afirmou o chefe da UTI do hospital, José Carlos Bonjorno Júnior.


 
Há seis meses a cuidadora de idosos Maria Rosa da Silva Gonçalves se machucou em casa ao bater com a perna em uma bicicleta. A pequena ferida se abriu, ela procurou ajuda médica, mas não teve resultado. “Com o medicamento que o médico passou foi só abrindo”, disse.


 
O tratamento foi rápido e agora a cuidadora de idosos só precisa usar uma meia especial e fazer repouso. “Acho que umas cinco ou seis vezes que eu fui já estava fechando a ferida. Estou bem. Vou voltar a trabalhar e é isso que eu quero”, afirmou.





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