Furlan confirma que deixa governo em fevereiro
O industrial e advogado vai deixar a pasta de onde recebe um salário de R$ 11,3 mil para se dedicar apenas ao Conselho Nacional de Indústria, onde atua como primeiro-tesoureiro e que, segundo ele, não recebe remuneração para isso. Através da CNI, ele ficará responsável por realizar um novo plano de gestão do Sesi/Senai. Também vai ficar de olho em seus negócios. Furlan possui um escritório com 15 advogados e é sócio de uma empresa de reciclagem de embalagens de agrotóxicos, a Plastibrás.
Ele observa que demorou seis meses para tomar a decisão de deixar o governo e que Maggi ainda insistiu para continuar no staff por pelo menos mais dois anos. "Meu compromisso era de apenas quatro anos. Estou há cinco. Passei a receber muitas demandas e para trabalhar no governo precisaria me dedicar 100%”, justificou.
Bem humorado, Furlan sai num momento de glória. “Esse é o pior momento para sair. Muitas empresas de grande porte como, por exemplo a Sadia, estará sendo inaugurada em Mato Grosso. Eu vou deixar de sair em todas as fotos”, disse, em tom de brincadeira.
Balanço
Furlan falou de pontos positivos e negativos em sua gestão. Para ele, o governador sempre deu autonomia. O empresário defendeu que foi muito importante para fazer ponte entre o governo e Brasília. Também citou o fato de ser primo do ex-ministro do Desenvolvimento, Luis Fernando Furlan, que o ajudou a abrir portas. Entende como ponto negativo ter entrado no primeiro escalão sem experiência na gestão pública e até lembrou uma multa de R$ 2 mil que teve que pagar ao erário. Em 2005, Furlan comprou carros para a secretaria e o Tribunal de Contas considerou o valor pago por caminhonetes superior ao do mercado. "Tudo por conta de minha falta de experiência. Não achei que estivesse errado", declarou.
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