Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quinta - 10 de Janeiro de 2008 às 08:49
Por: Ney Santana

    Imprimir


Atoleiros, lama, pontes em péssimo estado de conservação. A caótica situação da estrada do róla, que liga Alto Paraguai ao vale do rio Parí, tem deixado os moradores em situação difícil. E, levando-se em consideração a temporada de chuvas, o pior ainda está por vir. As famílias e os produtores rurais que precisam da estrada para escoar a produção ou trafegar estão desesperados, já que ficaram isolados do mundo.

Não é de hoje que a estrada do róla traz dor de cabeça aos moradores. O estudante William diz que, para percorrer 50 quilômetros da estrada, leva duas horas e meia. “É um absurdo. Nem carro traçado está passando, porque a estrada está muito esburacada, cheia de atoleiros e ainda com pontes que se tornam um perigo para as pessoas”, conta.

Segundo ele, um dos piores trechos é o da entrada da Fazenda Guanandí. “O vão da ponte foi embora e colocamos um pranchão, que suporta apenas veículos pequenos. Carros maiores, e até caminhonetes, têm de passar, às vezes, dentro do próprio rio Parí”, recorda o estudante.

Cansados de esperar, os fazendeiros se uniram no ano passado e, através de doações, conseguiram recursos suficientes para fazer um “tapa-buracos” na estrada. A ação, no entanto, foi apenas paliativa. Atualmente a estrada do róla é o único meio de acesso para cerca de 200 famílias daquela localidade, inclusive os assentados pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (Mab).

Há cerca de uma semana, o motorista do caminhão-tanque de uma empresa de Diamantino passou por maus bocados. Parte da ponte ruiu e por pouco não houve uma tragédia. Foi necessária a intervenção de uma patrol de Diamantino para a retirada do veículo.

Mão à palmatória

Questionado, prefeito de Alto Paraguai, Umbelino Alves de Campos, o Bilu, admitiu que os moradores da estrada do róla foram esquecidos nos primeiros três anos do mandato dele. “Mas agora será diferente: 2008 será o ano do róla”, disse, ressaltando que, ainda neste mês, máquinas estarão trabalhando na recuperação dos trechos mais críticos da estrada.

Uma ação mais efetiva só poderá ser executada após as chuvas. “Com a liberação dos R$ 480 mil para as estradas dos assentamentos, ficamos liberados para realizarmos uma obra maior e que resolva de vez a situação da estrada do róla. Chega de sofrimentos para aquele povo”, finalizou Bilu.





Fonte: O Divisor

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/191048/visualizar/