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Politica Brasil
Quarta - 09 de Janeiro de 2008 às 19:27

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"Começaram as mudanças. Segredo a conta gotas". A afirmação foi feita pelo governador Blairo Maggi, nesta quarta-feira ao ser questionado sobre quem deixa e quem continua no Governo este ano. Sem dar nomes, Maggi deu a entender que praticamente todas as alterações já são de domínio público. Escondeu, porém, que o jornalista Ramon Monteagudo, ex-secretário de Imprensa da Assembléia Legislativa, deverá ocupar o cargo de secretário de Cultura, na vaga a ser deixada por João Carlos Ferreira, que vai disputar a eleição a prefeito de Barão de Melgaço. Ramon Monteagudo é ligado ao Partido Progressista, o PP, liderados pelos deputados José Riva e Pedro Henry.

Além da alteração na Cultura, Maggi tem como certo pelo menos mais três alterações certas. É o caso da Secretaria de Fazenda, cujo titular, Waldir Teis, assumiu a função de conselheiro do Tribunal de Contas. Devem deixar ainda o Governo o empresário Alexandre Furlan, secretário de Indústria, Comércio e Mineração; e, ainda, Baiano Filho, de Esporte e Lazer. Furlan já anunciou desejo de regressar a vida privada e Baiano Filho poderá ser candidato a prefeito de Sinop.

Para a vaga de Teis, ocupada interinamente por Edmilson José dos Santos, é quase certa a indicação do economista Eder Moraes. Maggi nunca fez segredo sobre sua preferência. Porém, o governador estaria sopezando essa alteração, já que além da MT Fomento, Eder Moraes ainda está responsável pela rengociação da dívida do Estado com bancos privados internacionais. Moraes, inclusive, tem articulado politicamente junto ao Congresso Nacional para aprovação do projeto. Caso coloque Moraes na Fazenda, terá que buscar um nome para a MT Fomento. De “stand by” está ainda o economista Moisés Sachetti, ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

A intrincada engenharia política também acontece na indústria e Comércio. Naturalmente, com a saída de Furlan, a sucessão natural é de Pedro Nadaf, empresário ligado ao comércio. Porém, existe uma disputa pela vaga, já que o segmento industrial gostaria de manter a posse da pasta. Questão de espaço. O próprio Furlan vem articulando a indicação de nomes. Maggi, contudo, apenas ouve. A indicação de Alexandre Furlan veio da cota do governador, mas com o aval da classe empresarial. Se Nadaf assumir a Indústria e Comércio, Maggi terá que buscar um nome para o Turismo.

Outra provável mudança será no Esporte e Lazer. Contudo, tudo depende dos entendimentos políticos no Nortão. Baiano Filho vem articulando politicamente com a finalidade de arregimentar forças políticas para lastrear sua candidatura. É difícil o quadro.

Enquanto no primeiro escalão vem sendo mantido em sete chaves os nomes que ocuparão as respectivas pastas no segundo e terceiro as mudanças já vem acontecendo. É o caso do Empresa Matogrossense de Processamento de Dados (Cepromat). Sai Adriano Niehues e deve entrar Enio Caldart, que perde as funções com a extinção do Ceprotec. A alteração, em verdade, acabou se constituindo numa surpresa para os dois. Niehues admitiu que não esperava o pedido do cargo pelo governador, que admitiu a necessidade de acomodações políticas.




Fonte: 24 Horas news

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