Milho vai ter crescimento de 8,4%

O quarto levantamento da safra 2007/08 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra um crescimento de 8,4% na produção de milho em Mato Grosso. O plantio deve sair das 5,864 milhões de toneladas registradas na safra passada para 6,357 milhões de toneladas nesta. Os dados apontam um aumento de 7,8 pontos percentuais em relação ao apurado no levantamento anterior, divulgado em dezembro, quando se estimava uma safra de milho apenas 0,6% maior.

Esse crescimento na produção de milho está sendo puxado, em parte, segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, pelo bom preço. O grão, que era vendido a R$ 9 a saca de 60 quilos no início da safra passada, fechou o ano a uma média de R$ 20. Um incremento de 122,2%. A tendência é que o preço permaneça bom.

Prado lembra que esse processo de valorização do milho foi desencadeado pelo aumento da demanda no mercado internacional a partir do momento que os Estados Unidos passaram a utilizar parte de sua produção para fabricação do etanol. Para se ter uma idéia do que essa movimentação causou no mercado, as exportações de milho de Mato Grosso foram maiores 783,13% no acumulado de janeiro a novembro de 2007 em comparação ao mesmo período de 2006. Nesses 11 meses, as vendas externas pularam de 421,586 mil toneladas para 3,297 milhões de toneladas. Em volume financeiro, o crescimento foi de 1.091%, saindo de US$ 49,2 milhões para US$ 586,8 milhões.

O presidente da Famato destaca, porém, que para ter certeza de quanto a safra de milho deste ano será maior que a do ano passado, só quando a soja for colhida. É nesse momento que se planta o milho. A colheita da soja começa em fevereiro, mas algumas propriedades já colhem no final de janeiro. De acordo com Prado, apesar do início da safra deste ano ter sofrido atraso por conta da demora de entrada do período de chuva, a situação agora já está normalizada.

Também conforme o levantamento da Conab, a área plantada de milho deve ser maior 2,4%, que é a diferença entre os 1,592 milhão de hectares da safra passada contra o 1,630 milhão previsto para esta. No levantamento anterior, o crescimento da área estava em 1,4%.