Para Antero, não existe “possibilidade política” de Wilson não disputar reeleição

Para o ex-senador Antero Paes de Barros não existe “possibilidade política” do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), não disputar a reeleição. A afirmação foi feita em reação a uma entrevista do prefeito, em que ele admite desistir da candidatura, por não se sentir “motivado” ao pleito. A decisão final, porém, só deve ser tomada em março.

Antero ainda vive resquícios de uma “desavença” com Wilson desde a eleição do diretório estadual do PSDB, que elegeu Santos presidente, por causa da aprovação de uma resolução que permitia alianças de tucanos com o PT, do presidente Lula, e com o PR, do governador Blairo Maggi.

No comentário publicado em seu blog (www.pnbonline.com.br ) nesta terça-feira, o ex-senador enumera os motivos pelos quais avalia a “impossibilidade” de desistência do prefeito à reeleição.

Em primeiro lugar, diz que se Wilson Santos não disputar as eleições deixará seu governo indefeso. “São raros, raríssimos, os chefes de executivo que não disputam a reeleição. A tarefa maior de defender a sua gestão é do próprio Wilson”, comenta.

Em seguida, aponta a condição do prefeito como presidente estadual do PSDB, o que na avaliação do ex-senador deixa Santos sem “condições políticas de dizer ao partido que o deixará na mão. Além de deixar o governo sem defesa ficaria também desprotegido no partido”.

Antero ainda analisa a lista de nomes que segundo o prefeito poderiam representar o partido na disputa ao Palácio Alencastro nas eleições deste ano. Entre eles está o próprio ex-senador, a deputada Thelma de Oliveira, o deputado Carlos Avalone, o médico Kamil Fares, entre outros.

“Antes de Wilson pensar em voltar à sala de aula tem maturidade suficiente para entender que já retornei ao jornalismo e inicio minha carreira de advogado. Quanto a Thelma, sempre será sempre um bom nome, mas nunca se colocou disponível para esta disputa e o partido também nunca teve seu nome como opção para esta campanha”, dispara.

O blogueiro ainda opina sobre a polêmica da nomeação de Luiz Soares para a Secretaria de Saúde da Capital, em que a maior parte dos médicos, especialmente os sindicalizados, se posiciona contrária. Para ele, falta maturidade para o prefeito entender que “alguns petistas, não são todos os médicos, nem todos os sindicalistas, estão claramente a indicar o acerto da escolha do novo secretário de saúde”.