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Politica Brasil
Terça - 08 de Janeiro de 2008 às 14:10
Por: Rubens de Souza

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A fórmula usada em 20002 pelo PPS em Mato Grosso, buscando fora da política um empresário de sucesso para disputar uma eleição, deverá ser repetida pelo PDT em Cuiabá. O partido está trabalhando a possibilidade de lançar o empresário Altevir Magalhães como candidato a prefeito de Cuiabá. Altevir é diretor-presidente da rede Supermercados Modelo. A candidatura própria do partido foi selada em um encontro do presidente do Diretório Regional, deputado Otaviano Pivetta, com o presidente do Diretório Municipal, Mário Márcio Torres, da linha “brizolista”.

O assunto vinha sendo tratado a “sete chaves” pela direção estadual do PDT, preocupado com a possibilidade de eventuais desgastes com o grupo mais radical que há tempos “domina” o PDT. Esse grupo é liderado pelo próprio Mário Márcio Torres, um dos mais ferrenhos defensores das bandeiras do socialismo democrático. “Tínhamos preocupação ante a possibilidade de resistências, o que poderia acabar prejudicando todo o projeto” – contou uma alta fonte do partido.

O grupo liderado por Pivetta acabou usando o próprio desentendimento na base pedetista para “emplacar” a tese da candidatura própria. Dentre os socialistas havia aqueles que defendiam o distanciamento do prefeito Wilson Santos, candidato a reeleição. Entre eles, os irmãos Ubirajara e o ex-vereador Dito Labamba, considerado uma das últimas grandes adesões do socialismo brizolista. Torres era um dos defensores do alinhamento ao prefeito, de quem é correligionário e amigo particular de longa data.

Com os ânimos serenados, o PDT então agora parte para o convencimento eleitoral sobre o nome de Altevir Magalhães. O empresário já deu “sinal verde” para que seu nome seja colocadeo, mas em condições de entrar na disputa de forma eficiente. Magalhães declarou a interlocutores que não deseja ser candidato para apenas ter seu nome colocado no meio político. Em outras palavras, quer repetir o “efeito Maggi”, que, em 2002, conseguiu uma histórica virada sobre o PSDB, então partido do Governo.

A candidatura de Magalhães, em verdade, é uma incógnita. A rigor, só vai acontecer se, de fato, tiver gosto popular. “Ele não entra para ser queimado. Tem tempo para dizer sim ou não” – explicou a fonte do PDT.

O momento agora é diferente do que foi em 2002, no quadro eleitoral em que levou Maggi ao Governo do Estado. Naquela ocasião, o empresário era um suplente de senador, interessado em adentrar na vida política, mas que tinha sólidas dificuldades: todos davam a candidatura como um tiro no próprio pé, já que Antero de Barros, senador da República, era o nome que vinha há tempos sendo trabalhado para ser o sucessor de Dante de Oliveira no Governo. Dante tinha como certa a sua eleição ao Senado. Hoje, o quadro é mais nebuloso, com várias possibilidades em aberto.

Por mais que apareça na frente, a candidatura do deputado Walter Rabello (PP), na avaliação dos pedetistas, é frágil e deverá perder força quando tiver que deixar o programa de televisão. Rabello deverá, por outro lado, enfrentar desgastes no momento em que sair para os debates políticos – onde terá que mostrar mais preparo. Já Wilson Santos, que deve disputar a reeleição, enfrenta desgaste natural. Mesmo sendo Governo, já cria fatos sobre a hipótese de nem sequer disputar a reeleição. A candidatura de Sérgio Ricardo, por outro lado, pode ser bombardeada dentro do próprio partido, o PR, onde se fala na possibilidade de apoiar o nome de Carlos Abicalil, do PT, ou mesmo de Iraci França, do DEM.





Fonte: 24 Horas News

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