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Politica Brasil
Terça - 08 de Janeiro de 2008 às 09:18

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Recém-empossado na secretaria de Estado de Fazenda, Edmilson José dos Santos já está se articulando nos bastidores para se efetivar no cargo e, assim, derrubar o executivo Éder de Moraes, até então o mais cotado para o posto. Com atuação técnica, Edmilson assumiu a Sefaz no lugar de Waldir Teis, que virou conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Entre os servidores existe até um abaixo-assinado que será encaminhado ao governador Blairo Maggi em defesa da permanência de Edmilson no comando da pasta.

Dessa forma, Éder de Moraes, presidente da MT Fomento e o nome mais cotado, passa a ter mais um concorrente à cadeira de secretário de Fazenda, um dos postos mais importantes da estrutura do Estado. É a Fazenda quem alimenta o caixa do governo e, consequentemente, abastece o motor que move a máquina estatal.

Em conversa com assessores mais próximos, o governador havia adiantado que Éder iria conduzir a Fazenda a partir de meados deste mês. Fez até rasgados elogios ao executivo, que vem mostrando competência na condução do processo de renegociação das dívidas públicas do Estado junto a instituições financeiras e com acompanhamento da União. O problema é que Éder acabou arrumando adversários dentro do próprio governo.

Sobre a idéia de remanejar Augustinho Moro da pasta da Saúde à Sefaz, o governador já descartou essa possibilidade. Enquanto sai Moro, entra no páreo o próprio Edmilson. Ele vive expectativa pela efetivação, assim como Éder. Ainda corre por fora nos bastidores o nome do secretário-executivo do Ministério das Cidades, Rodrigo Figueiredo, mato-grossense de Santo Antonio de Leverger.

Integrantes da turma da botina afirmam que hoje a chance maior seria do governador optar por Edmilson. Suas ações na Sefaz já mostram autonomia. Edmilson autorizou, por exemplo, a renovação do regime de estimativa de recolhimento sobre ICMS dos frigoríficos, água mineral, atacado e sucroalcooleiro (usinas de álcool e açúcar). Ele nem consultou o governador para tomar a decisão por entender como "normal" essa renovação do regime de cobrança de ICMS aos quatro segmentos, mesmo que envolva valores elevados. O setor de frigoríficos, por exemplo, prevê arrecadar este ano R$ 112 milhões, 15,4% a mais que em 2007, quando o montante foi de R$ 97 milhões.





Fonte: RD News

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